O preço dos ovos disparou nos supermercados da região, nesta semana, com alta de 15,06%, chegando à média de R$ 4,43 a dúzia. Foi o que apontou a nova pesquisa da cesta básica, realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e divulgada ontem. Segundo o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, após fortes elevações da carne e do frango no mês passado, que continuaram em outubro, teria crescido a procura dos consumidores de baixa renda pelos ovos, como alternativa protéica mais barata.

Isso explica também porque a carne de segunda (no levantamento da Craisa a referência é o acém) caiu de preço nesta semana, com redução de 1,92%, passando a custar R$ 13,80 o quilo. Já a de primeira (neste caso, o coxão mole) segue em ritmo ascendente: subiu 3,26%, sendo encontrada, em média, por R$ 20,28 o quilo.

Depois do ovo, outro vilão dos preços da cesta, nesta pesquisa, foi o tomate, que aumentou, em média, 13,71% nos últimos sete dias. É encontrado agora por R$ 4,23 o quilo. Para De Benedetto, o clima seco também das estações mais frias prejudicou as plantações e impactou em redução de oferta e elevação de custos tanto para o produtor quanto para o varejo.

Por outro lado, outros hortifrúti compensaram essas elevações de valores: a cebola teve redução de 16,89% (para a média de R$ 1,82 o quilo), e a laranja, de 10,84%. Neste último caso, de acordo com análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), a fruta está em plena safra no Estado de São Paulo, o que contribui para ampliar o volume em comercialização, reduzindo os preços.

CESTA - O levantamento da Craisa apontou que o custo média da cesta básica ficou praticamente estável nesta semana. A variação foi de apenas 0,73%, ou seja, aumento de apenas R$ 3,23 aos consumidores da região. Segundo a pesquisa, o gasto mensal de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) com a compra de 34 produtos de primeira necessidade passou à média de R$ 445,13.