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Em alta, Aécio corre para chegar ao 2º turno

Consultor do DGABC Pesquisas ressalta tendência consolidada de subida do tucano; resta saber se há tempo para ultrapassagem

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/10/2014 | 07:09
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Arquivo/DGABC


Coordenador do Inpes (Instituto de Pesquisas) da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e consultor do DGABC Pesquisas, o professor Leandro Campi Prearo avalia o cenário na corrida presidencial como “indefinido”. A dois dias do primeiro turno e após nova rodada de levantamento do DGABC Pesquisas, a pedido do Diário, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, é a única a mostrar estabilidade, enquanto Marina Silva (PSB), em queda, e Aécio Neves (PSDB), com subida consolidada, polarizam concorrência por ida ao segundo turno. Para ele, resta saber apenas se o tucano terá tempo para ultrapassar a socialista.

“A pesquisa é fotografia do momento. Como foram realizadas entre segunda e quarta-feira, e há curvas opostas (de Marina caindo e Aécio em alta), as candidaturas vão se encontrar no futuro. Só não dá para dizer que domingo será esse dia (em que os projetos eleitorais do PSB e do PSDB aparecerão lado a lado nas intenções de voto). Por isso, tudo pode acontecer”, analisa Prearo.

O especialista observa que muitos eleitores do Grande ABC que haviam optado por Marina migraram para a campanha de Aécio. Ele lembra que a socialista ingressou na corrida presidencial após tragédia com Eduardo Campos, então presidenciável do PSB, e a comoção colaborou para o “boom de intenções de voto”. “No início, muitos indecisos e aecistas cogitaram o voto útil, por conta da alta rejeição do PT. Aécio não só retomou parte desta fatia que foi com Marina como criou clima favorável (à sua campanha). Há ambiente do ‘é possível’. Tudo isso interfere nas pesquisas.”

Outro fator que causa incertezas ao processo eleitoral é o debate de presidenciáveis que aconteceu ontem, na Rede Globo. “Tem alta audiência e pode mudar muita coisa”, diz Prearo, que compara a situação desta eleição à concorrência à prefeitura de São Paulo, em 2012, quando Fernando Haddad (PT), José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) disputaram cabeça a cabeça vaga no segundo turno.

ESTADO
Na eleição ao governo do Estado, Prearo acredita que influência de administrações do PT em três cidades do Grande ABC impulsionou o candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha. O ex-ministro da Saúde saiu de 11% para 14,2% nas intenções de voto. O professor, entretanto, ressalta que a estabilidade aferida na candidatura à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) reforça tese de que a maioria da região caminhará com o tucano no primeiro turno.

“Padilha teve crescimento importante. Mas não parece suficiente para tirar Alckmin da casa dos 50% (das intenções de voto). Os 52% (de votos válidos) medidos são fotografia do momento, porém muito próxima do que deve ser observado no domingo. Não deve haver surpresa”, acredita. 




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