Automóveis Titulo Comparativo
Sedãs em combate

Colocamos Peugeot 408 para enfrentar o recém-chegado
Chevrolet Cruze; confira quem leva a melhor nessa disputa

Vagner Aquino
do Diário do Grande ABC
12/10/2011 | 07:22
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Brasil e Argentina são rivais há décadas nos campos de futebol. Mas agora, para apimentar ainda mais essa disputa, o Diário resolveu estender essa batalha para as pistas e colocou cara a cara as últimas novidades do segmento de sedãs médios: Peugeot 408 e Chevrolet Cruze.

O primeiro deles estreou no início do ano passado e traz nas costas a missão de substituir dois modelos de uma só vez - os sedãs 307 e 407. Nada muito diferente do exemplar da marca da gravata dourada, que chegou no mês passado para aposentar o Vectra. Seu ideal: tentar ultrapassar as vendas do líder Toyota Corolla, que reina absoluto no segmento, com 4.755 unidades emplacadas só no último mês de setembro, conforme apontam os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Para saber qual deles tem mais fôlego, foram convocadas as versões topo de linha de ambos os sedãs: Griffe (do 408) e LTZ (Cruze).

O três-volumes da marca do leão traz os fortes traços do restante da família, com olhos puxados e ar de imponência. Já o Cruze pegou emprestado do restante da família a robustez da dianteira, com a grade cortada pelo meio (diga-se de passagem, bem mais proporcional do que no Agile, por exemplo). Ambas equiparam seus exemplares com faróis de neblina e abusaram dos frisos cromados, tudo para dar aparência de requinte. Nesse quesito, ponto para o Peugeot.

Mas, assim como nos clássicos jogos entre a nossa Seleção e o time de CF51nuestros hermanos, nada se resolve no primeiro tempo. Apesar de mais discreta, a carroceria do Cruze chama mais a atenção nas ruas - mérito da euforia da novidade, ainda mais quando se trata de um Chevrolet, uma das marcas preferidas do brasileiro.

Se, por fora, cada um agrada a seu modo, é dentro do campo (aliás, do habitáculo) que o brasileiro começa a driblar o adversário.

Encontrar a posição de dirigir é fácil no Cruze, enquanto no 408 - assim como na maioria dos modelos da Peugeot - são necessários alguns minutos para achar uma posição perfeita, isso porque (assim como no Chevrolet) o modelo tem regulagem de altura do volante e banco do motorista. O espaço é mais generoso no 408, com 2,71 metros de entre-eixos, contra 2,69 metros do Cruze.

No porta-malas, o 408 leva 526 litros de bagagem, enquanto o Cruze comporta 450 litros. Gol do argentino.

Quando saem às ruas, mais vantagens para o modelo brasileiro. Aqui, o conjunto de suspensões é mais bem acertado e confortável, trazendo até mesmo um toque de esportividade. No 408, de tão rígida, chega a incomodar os ocupantes. Por se tratar de um sedã médio, mereceria atenção especial.

O motor 1.8 do Cruze perde em desempenho. São 144 cv, contra 151 cv do 408, ambos com etanol no tanque. O torque é de, respectivamente, 18,9 mkgf a 3.800 rpm e 22 mkgf a 4.000 rotações. No Cruze, os ruídos são constantes em altas rotações. Faltou investir no isolamento acústico.

Se na hora da pressa o Cruze fica devendo, é no restante do conjutno que o veículo se ergue. O acerto do câmbio de seis marchas tem ótimo escalonamento e suavidade ímpar. Já o argentino, apesar de evitar os trancos, mostra-se um pouco amarrado em subidas muito íngremes. Ambos têm opções de trocas sequenciais.

 

 

Mínimas, mas essenciais

 

A Chevrolet pede R$ 78,9 mil pela versão LTZ do Cruze, enquanto o Peugeot 408 Griffe não sai por menos de R$ 79,9 mil.

Mesmo tendo R$ 1.000 de diferença, ambos os modelos trazem diferenças mínimas, mas essenciais. A começar pelo momento de dar a partida. A chave é presencial no Cruze, ou seja, o carro pode ser ligado apenas pelo toque de um botão que fica no painel. Para equilibrar a briga, o 408 contra-ataca com o teto solar elétrico, indisponível no Chevrolet.

Ambos têm lista de série condizente com a proposta a que se destina. Freios ABS, air bags (oito no 408 e seis no Cruze),  CD player com MP3 e entrada auxiliar, navegador GPS integrado (no centro do painel, escamoteável no Peugeot), controlador de velocidade, faróis de neblina, ar-condicionado e sensor de estacionamento - ideal para auxiliar nas manobras, principalmente para quem guarda o carros nas apertadas vagas de prédios.No 408, a direção é eletro-hidráulica. Mais um ponto para o Cruze, que optou pela elétrica progressiva. Por fim, as rodas são de 17 polegadas em ambos.

 




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