Economia Titulo Inflação
Cai a confiança do consumidor em setembro
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
29/09/2011 | 07:24
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O atual cenário de pressão inflacionária ultrapassando as metas do governo federal e a economia internacional sofrendo com a crise financeira derrubaram a confiança das famílias neste mês. O Índice de Confiança do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas, apresentou queda de 3,4% em relação a agosto. Agora o indicador está com 114,7 pontos, contra 118,7 vistos no mês passado.

"É o segundo mês consecutivo de queda do indicador", afirmou a coordenadora da sondagem de expectativas do consumidor Viviane Seda, do Ibre/FGV. Ela explicou que o resultado teve forte influência das avaliações dos consumidores sobre a situação econômica no País, que está relacionada à percepção de inflação para os próximos dois meses.

E se depender dos analistas econômicos do mercado financeiro nacional, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo será bem maior do que no ano passado, com 6,52% acumulado no fim do ano, conforme o Boletim Focus do BC desta semana. Em 2009, o índice oficial da variação dos preços às famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos acumulou alta de 5,91%.

O que agrava o resultado previsto pelos analistas e percebido pelos consumidores é a superação do teto da meta de inflação, que é de 6,5% no acumulado no ano. Este limite é estipulado pelo governo federal como o máximo que os preços podem subir, em média, sem prejudicar a economia nacional.

Viviane acrescentou que os consumidores reduziram sua confiança também como reflexo à desaceleração no emprego industrial, "que está concentrado em São Paulo, onde existe o maior parque industrial do País". Ela destacou que a percepção sobre inflação e emprego é mais concentrada entre as famílias de baixa renda.

No caso dos consumidores com maior poder aquisitivo os agravantes são outros. O cenário econômico externo prejudicado é um dos fatores determinantes na confiança deste grupo, garantiu a especialista. "Além disso há deterioração do ambiente internacional ocasionando abalo na Bolsa de Valores nacional e um aumento no dólar", disse Viviane, que considerou a variação do câmbio como explosiva.




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