Economia Titulo Poupança
Saldo das cadernetas bate recorde histórico
Marília Montich
Vanessa Soares
07/09/2011 | 07:30
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Pela primeira vez na história, o saldo das cadernetas de poupança terminou acima de R$ 400 bilhões, segundo relatório mensal do Banco Central. Em agosto, a captação líquida foi de R$ 2,222 bilhões. As contas existentes também registraram rendimento de R$ 2,456 bilhões. Com o resultado, o mês terminou com R$ 401,763 bilhões depositados nas cadernetas, contra R$ 397,085 bilhões em julho.

Segundo Radamés Barone, professor de Economia da Universidade municipal de São Caetano do Sul, esse número reflete um conservadorismo do investidor, que procura segurança na poupança. "Os outros mercados estão muito voláteis e apresentam muitos riscos. Por isso, as pessoas tiram dinheiro da renda variável e migram para a poupança." Além disso, há isenção de Imposto de Renda nesse tipo de investimento. "Apesar do rendimento ser mais baixo, ele é líquido. Comparando com outras ações, a poupança torna-se mais vantajosa", explica.

Outro fator responsável pelo resultado é o aumento da oferta de trabalho. Quem não poupava por estar desempregado, agora separa uma parte da nova renda para aplicações, pontua o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio.

Para quem quer aproveitar a boa fase e guardar dinheiro na poupança, os especialistas dão algumas dicas. "Se possível, deve-se poupar ao menos 10% da renda. Isso possibilita planejar o futuro, fazer viagens e comprar bens duráveis com certa tranquilidade", aconselha Barone.

Maskio diz que a quantia é uma questão individual e depende de vários fatores. "Não existe um número que seja interessante, mas todo mundo devia poupar pelo menos um pouco. Deve-se criar a disciplina de guardar dinheiro."

Em um ponto os especialistas são unânimes: poupar é importante, mas deve haver um propósito. A poupança serve para planejar os sonhos e deve ser utilizada como instrumento de negociação para as compras futuras.

 




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