O Troféu Brasil de Atletismo, que terminou domingo no Ibirapuera, confirmou mais uma vez a supremacia do BM&FBovespa/São Caetano no cenário nacional. O clube da região conquistou o título pelo décimo ano consecutivo, com folga e grande vantagem para o segundo colocado, o Pinheiros: 733 pontos contra 412. Ao todo, o clube de São Caetano ganhou 54 medalhas, sendo 23 de ouro, 15 de prata e 16 de bronze.

Entre alguns resultados, destacam-se os da fundista Simone Alves da Silva, escolhida como a melhor atleta da competição e que faturou os 10 mil m, com novo recorde sul-americano, e os 5.000, e os de Ana Cláudia Lemos Silva, que subiu ao lugar mais alto do pódio por três vezes: nas provas dos 100 m, no revezamento 4 x 100 m e nos 200 m.

Outro destaque da competição e atleta do BM&F São Caetano foi Marílson Gomes, consagrado nacionalmente com o bicampeonato da Maratona de Nova York e tri da São Silvestre. Ele não teve dificuldades para vencer os 10 mil m. "Era um resultado esperado. Se perguntasse antes da prova: ‘Quem vai ganhar os 10 mil m? Marílson era resposta", frisou o técnico do fundista, Adauto Domingues.

Segundo o treinador, os bons números são resultados da parceria entre a cidade e o clube. "É uma receita bem simples. Precisamos ter investimentos com bons gestores para administrar, pessoas que estão interessadas em buscar bons resultados e parcerias como essa. Na década de 80, Santo André e a Pirelli eram parceiras, e Santo André foi chamada de ‘capital do esporte'", justificou o treinador.

O secretário de Esporte de São Caetano, Gilberto Costa, elogiou os resultados do clube. "Quando o trabalho é bem feito é natural que os resultados positivos apareçam. A Prefeitura e o clube sabem da responsabilidade que têm, e estamos no caminho correto", garantiu.

Gilberto Costa recordou a construção do Centro de Atletismo, no espaço do clube São José. "O investimento é de R$ 15 milhões, com previsão de entrega para dezembro. Será um dos locais mais modernos de atletismo no Brasil", prometeu.