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Oposição tem dia decisivo para instalar CPI

Julinho Fuzari, de São Bernardo, precisa de quatro assinaturas para abrir investigação sobre uniformes

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
12/02/2014 | 07:11
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Arquitetada pela oposição desde o ano passado, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Uniformes terá novo capítulo hoje. O vereador Julinho Fuzari (PPS) já conseguiu seis assinaturas para protocolar o pedido de investigação sobre a compra superfaturada de kits escolares em São Bernardo, que resultou no desvio de R$ 3 milhões, de acordo com conclusão do Ministério Público.

Desde segunda-feira o popular-socialista tem procurado os demais opositores ao prefeito, Luiz Marinho (PT), para assinarem o documento. Os primeiros a aderir foram Marcelo Lima (PPS) e Juarez Tudo Azul (PSDB), que se recusaram a colaborar na primeira vez que Julinho tentou emplacar a CPI, em março do ano passado.

Osvaldo Camargo, Manuel Pereira Martins (ambos do PPS) e Pery Cartola (Solidariedade) também rubricaram. “Amanhã (hoje) vou procurar o (vereador pelo PPS Estevão) Camolesi e o (parlamentar tucano Hiroyuki) Minami”, disse Julinho.

Mesmo com a adesão de todos os oposicionistas, ele precisará de mais duas assinaturas para alcançar as dez necessárias para iniciar a averiguação.

Ciente da dificuldade em convencer os integrantes da ala governista a apoiarem sua iniciativa, o popular-socialista criticou o almoço entre Marinho e seus aliados realizado ontem.

“É no mínimo suspeito que, na véspera de uma sessão importante como essa, o prefeito almoce com seus apoiadores. Vamos ver qual será a postura dos vereadores diante de tamanha irregularidade, comprovada pela Justiça”, disse Julinho.

Segundo ele, o objetivo da CPI agora é analisar a participação de funcionários públicos no esquema, que durou de 2010 a 2012. “Temos de aprofundar o caso. Não podemos ficar assistindo a mais um escândalo protagonizado por esse governo.”

A investigação está sob responsabilidade do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao MP.

Até agora, a apuração mostrou que materiais foram adquiridos com preços acima do mercado. As fornecedoras foram as empresas G8 e Capricórnio S/A, investigadas por conluio e formação de cartel. Em três anos de contrato, as duas empresas receberam R$ 72,9 milhões do governo Marinho.
 




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