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Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024

Política
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Sombra
Candidatura causa crise
entre primos Michels

Prefeito de Diadema minimiza força política do
secretário de Educação, que busca Câmara Federal

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/11/2013 | 07:42
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Celso Luiz/DGABC


A relação entre o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e o secretário de Educação, Marcos Michels (PV), está em crise depois de o chefe do Executivo, para justificar o não apoio à pré-candidatura de Marcos a deputado federal, minimizar a força política do primo em reunião com servidores comissionados no começo da semana passada.

Em encontro para pedir mais esforço de funcionários apadrinhados do Paço, Lauro contestou o projeto de Marcos de candidatura à Câmara Federal e, entre outras críticas, disse que o primo só se elegeu vereador (está licenciado para ocupar a Pasta) às suas custas.

As declarações causaram estremecimento no grupo político que levou Lauro a dois mandatos de vereador e o conduziu à Prefeitura, após vitória histórica contra o ex-prefeito Mário Reali (PT). Muitos aliados de Marcos defenderam o retorno do verde à Casa, deixando a Secretaria de Educação e tirando Zé do Bloco (PV), segundo suplente da sigla, do Legislativo.

Lauro defende a candidatura do ex-prefeito de Rio Grande da Serra e seu assessor especial, Adler Kiko Teixeira (PSC), e, nos bastidores, sempre trabalhou para não viabilizar a empreitada do secretário de Educação. Fomentou, inclusive, uma disputa interna, colocando o nome do titular de Obras e também vereador licenciado, Márcio da Farmácia (PV), à frente na corrida de uma eventual candidatura federal pelo PV de Diadema.

Haveria na semana passada reunião entre Lauro, Marcos, Márcio da Farmácia, a deputada estadual Regina Gonçalves (PV) e o presidente do PV na cidade, Gesiel Duarte, para tratar sobre o assunto, mas o encontro não foi agendado.

Lauro e Marcos não foram localizados para comentar o assunto.

APOIOS
Mesmo sem aval do prefeito, Marcos foi, durante o segundo semestre, costurando internamente apoios para sua candidatura a deputado federal, principalmente incitado por seu grupo político.

Nas contas desta ala, ao menos 14 dos 18 secretários municipais tinham intenção de aderir ao projeto, entendendo que a cidade tem capacidade de eleger um deputado federal e, pela primeira vez, fora do petismo – nos últimos 30 anos, os ex-prefeitos José de Filippi Júnior (PT) e José Augusto da Silva Ramos (pelo PT, em 1994; hoje ele está no PSDB e no governo Lauro) chegaram ao Congresso Nacional.

O apoio de Lauro recai no grupo político que tem como integrantes Kiko, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o secretário de Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD).
 




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