ouça este conteúdo
|
readme
|
Em Santo André e Mauá, as regiões centrais eram as que mais tinham oferta do ioiô siliconizado. A reportagem do Diário encontrou seis camelôs que vendiam o produto nas duas cidades. Duas lojas de Santo André também vendiam o ioiô, uma delas no bairro Cidade São Jorge e outra no ABC Plaza Shopping.
O brinquedo não foi encontrado em nenhum estabelecimento de São Bernardo (muitas lojas estavam fechadas por causa do aniversário da cidade) e Diadema. Porém, dois vendedores ambulantes afirmaram que poderiam encomendá-los. “Não estocamos muito porque o ioiô é um pouco caro (o preço varia de R$ 3 a R$ 6), e eu só compro se tiver certeza de que a venda é garantida”, disse o vendedor de São Bernardo, numa barraca no bairro Rudge Ramos.
De acordo com a técnica do Inmetro Márcia Rosa Franco, a fiscalização sobre a venda do produto ainda não começou, apesar da proibição. Segundo ela, as blitze na Grande São Paulo podem ser feitas a qualquer momento. “Mas devemos promover uma operação nacional na semana que vem”, afirmou a técnica.
A assessoria de imprensa do Inmetro, no entanto, prevê dificuldades na operação porque 90% desses ioiôs estão sendo vendidos em camelôs. “O Inmetro pode apenas apreender o produto nas lojas; cabe à Receita Federal e às prefeituras fiscalizarem o comércio informal”, segundo a assessoria.
O brinquedo é comercializado com vários nomes, como water yoyo, tape ball, yoyo ball e splash yoyo, entre outros. O Inmetro alega que a proibição é preventiva, e que não houve acidentes com crianças no Brasil. No entanto, já foram registradas oito acidentes na Europa (nenhum fatal), sendo um na França e sete na Inglaterra.
Em todas as ocorrências o cordão do ioiô – que por ser de silicone estica excessivamente – enrolou no pescoço das crianças enquanto brincavam. O caso mais grave aconteceu com a criança francesa que, devido à asfixia, ficou temporariamente inconsciente e precisou ser levada ao hospital.
A assessoria de imprensa do Inmetro explicou que devido à flexibilidade as crianças inventam diversas manobras com o ioiô, como, por exemplo, lançá-lo para o alto.
“Eu eu meus amigos inventamos um pega-pega com o ioiô”, disse Gustavo Nishimori, de Santo André. O menino explicou que durante a brincadeira lança o objeto à frente para alcançar o colega, e assim rendê-lo. A avó do garoto, que não quis se identificar, não sabia da proibição, mas concorda que seu uso pode resultar em acidentes. “Na hora em que eles pedem para a gente comprar não pensamos nestas coisas”, afirmou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.