Recursos são impositivos ao Orçamento da União; Diadema e São Bernardo foram as cidades mais beneficiadas
ouça este conteúdo
|
readme
|
Sete cidades do Grande ABC receberam R$ 93,9 milhões em emendas impositivas desempenhadas pelos deputados federais ao Orçamento da União, no exercício de 2024. Diadema e São Bernardo foram os municípios que ganharam as maiores fatias de repasses oriundos de Brasília, enquanto Santo André, mesmo sendo o segundo maior da região, demonstra falta de representatividade na Câmara Federal e é o penúltimo no levantamento, à frente somente de Rio Grande da Serra.
LEIA MAIS: Bancada do Grande ABC garante 23 assentos em comissões na Alesp
Líder em repasses no Grande ABC, Diadema registrou R$ 26,6 milhões de emendas impositivas depositadas no ano passado. Desse montante, R$ 8,2 milhões têm origem na Comissão de Assuntos Sociais, com enfoque no custeio de serviços na atenção primária da saúde pública. Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), carimbou R$ 1,5 milhão do Orçamento federal do ano passado para atenção primária e saúde bucal da região.
Para São Bernardo, o deputado federal Alex Manente (Cidadania) enviou R$ 16 milhões do montante de R$ 21,9 milhões aos cofres do município. O parlamentar assegurou os valores para custeio para atenção primária e ambulatorial. Kim Kataguiri e Fernando Marangoni (ambos do União Brasil) direcionaram, respectivamente, R$ 2 milhões e R$ 1 milhão em recursos públicos para a saúde. Ao todo, dez deputados destinaram emendas impositivas ao município.
Dos R$ 13,4 milhões vindos da Capital federal, São Caetano contabilizou R$ 7,8 milhões da Comissão da Saúde, R$ 3,1 milhões do gabinete de Alex Manente e R$ 600 mil do deputado Marcio Alvino (PL), este para o fortalecimento da gestão do SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Na soma, a cidade foi lembrada por sete parlamentares.
Logo em seguida vem Mauá, que somou R$ 13,1 milhões de dispositivos impostos à planilha financeira do Palá<CW-28>cio do Planalto. Desse total, </CW>R$ 5,1 milhões são da Comissão de Saúde, acompanhada de dois parlamentares petistas: Alencar Santana (R$ 3,6 milhões) e Alfredinho (R$ 1,3 milhão), ambos com direcionamentos ao mesmo segmento público. Da bancada do Grande ABC, Vicentinho encaminhou R$ 150 mil via transferência especial.
Ribeirão Pires incrementou o orçamento com R$ 9,7 milhões oriundos de Brasília, com destaque a um parlamentar que não é local: Delegado da Cunha (PP), que destinou R$ 2 milhões para a atenção primária da saúde. Aliás, a cidade foi a única da região a receber verba por meio de Eduardo Bolsonaro (PL), hoje licenciado para viver nos Estados Unidos, com R$ 1,1 milhão. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) somou 41.136 votos no Grande ABC.
LEIA MAIS: Deputados estaduais da região enviam R$ 103 mi em emendas
Por sua vez, Santo André está distante das cidades mais beneficiadas pela Câmara Federal: recebeu R$ 8,3 mil<CW4>hões. Desse valor, Kim Kataguiri enviou a maior fatia do bolo, com R$ 3 milhões para saúde em transferência especial. Eleito com 25.533 votos andreenses, Marangoni destinou R$ 1,8 milhão ao município.
Ex-prefeiturável por São Paulo, a deputada Tabata Amaral (PSB) é a campeã de emendas para Rio Grande da Serra: R$ 600 mil do total de R$ 1,8 milhão para a menor cidade da região.
Também chamam a atenção os deputados forasteiros, que ganharam votos na região, mas não têm registros de emendas impositivas para corresponder tal confiança. Dois nomes que se figuraram entre os mais votados nas sete cidades em 2022 são Guilherme Boulos (Psol), com 76.004 sufrágios, e Carla Zambelli, 58.142 votos. Entretanto, não houve reciprocidade.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.