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Para perder o medo da água

Crianças começam a nadar com seis meses de idade; benefícios vão além do esporte

Jaque Correa
Especial para o Diário
21/04/2024 | 07:00
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Crianças se ambientam com a piscina, natação ajuda no desenvolvimento físico e social (FOTO: Celso Luiz)


Muito mais do que uma atividade refrescante e divertida para os dias de calor. É também um porto seguro para o desenvolvimento físico, mental e social. Mesmo com tantos benefícios, a natação para crianças ainda desperta receio e insegurança em muitos pais. 

Desde cedo o contato com a água proporciona uma série de vantagens que impactam positivamente a saúde e o bem-estar dos pequenos, como explica o professor Homero Marques, 77 anos, que dá aulas de natação há 50. “A natação trabalha a coragem dos pequenos em pularem na água sozinhos. Além de equilíbrio e resistência de praticar as atividades e brincadeiras que fazemos nas piscinas. É importante também para o crescimento da criança, já que ela está em fase de desenvolvimento”, explica ele, que é fundador da escola Betta Fit & Peixinho Dourado, de Santo André. 

Ana Júlia Freitas Floriano, 14, e Giovanni Freitas Floriano, 10, frequentam aulas de natação desde os seis meses. Claudia Freitas Floriano, 45, mãe da duplinha, conta que percebeu mudanças importantes após as crianças entrarem no esporte. “A socialização na piscina sempre é muito fácil, eles conseguem se enturmar. Então com seis meses, logo que começaram a nadar, eles relaxavam, dormiam melhor quando faziam as aulas de natação ainda bebezinhos. E, conforme foram crescendo, o esporte continuou proporcionando atividades que lhes trazem calma. A gente acredita que é isso é benéfico”, afirma. 

Segundo o professor Homero, existe uma razão muito simples para os bebês não terem medo da água. “Coloca-se normalmente as crianças e bebês na água a partir dos seis meses. Nessa faixa etária eles não têm medo, porque viveram nove meses na água (dentro da barriga da mãe, na gestação). E é uma delícia trabalhar com eles, o desenvolvimento do bebê não é muito rápido, é lento porque eles não têm coordenação alguma, então é um pouquinho demorado. É um trabalho de paciência, trabalho de muito cuidado”, explica.

O professor destaca outro fator importante, que é a convivência familiar, pois nas aulas para bebês, normalmente os pais também vão para a piscina. “A natação desenvolve na criança acessibilidade, equilíbrio, é uma série de coisinhas que o bebê vai aprendendo com o tempo, mas o mais gostoso de tudo é integração entre pais e filhos”, conclui. 

Claudia relata que Ana Júlia está na fase de adolescência, “então ela briga um pouco para ir nadar, mas, quando está lá, gosta bastante. Ela nada, faz tudo que o professor pede. Nunca paramos de fazer as aulas. Então, desde os seis meses até agora, aos 14, a gente nada. Na verdade, nós estamos todos juntos. O Giovani está em uma fase de competição, então ele está indo para natação competitiva. O ano passado ganhou prêmio e tudo mais, então ele adora nadar, é um prazer para ele nadar, e nada três vezes na semana, duas na escola e uma na academia. Ele gosta, ele adora nadar”. 

Para os pais que ainda têm receio de colocar bebês muito pequenos na natação, Homero explica como é feito o trabalho, e deixa claro que é um processo longo, mas muito recompensador. “Você primeiro segura e sopra várias vezes no rosto da criança, isso ajuda os professores e os pais até que ela começa a aprender a segurar a respiração, isso leva para a hora que você começa a jogar aguinha no rosto. O bater perna é mecânico, então você tem que pegar a perninha da criança e fazer com que ela vá seguindo, batendo o pezinho, até ela gravar o que tem que ser feito. É um processo lento. muito bacana e os resultados são maravilhosos” conclui. 




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