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Basf deixa de fazer tinta automotiva

Encerramento vai ocorrer em até 18 meses e afetará fábrica de São Bernardo; sindicato dos químicos teme demissão de 150 trabalhadores

Nilton Valentim
29/02/2024 | 07:00
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A Basf anunciou o encerramento da produção de tinta automotiva na América do Sul em até 18 meses. Isso impacta a fábrica de São Bernardo, no bairro Demarchi, e também a de Tortuguitas, na Argentina. Segundo a empresa, a decisão foi tomada para “garantir competitividade e crescimento sustentável”. O Sindicato dos Químicos do ABC revela que recebeu a notícia “com imensa preocupação e incredulidade” e que isso pode causar a demissão de até 150 trabalhadores. 

A empresa não informa o número de pessoas que atuam na área, mas que “não poupará esforços para garantir que o impacto sobre seus colaboradores e colaboradoras seja o menor possível, e tratará a redução do número de postos de trabalho de forma socialmente responsável, envolvendo os representantes dos trabalhadores sempre que necessário”.

No comunicado oficial, a Basf destaca que “continuará atendendo a indústria automotiva com foco em repintura de soluções automotivas, plásticos de engenharia, espumas funcionais e aditivos para combustíveis e lubrificantes, entre outros produtos”. Que a unidade do Grande ABC “continuará sendo o principal local de produção, logística e pesquisa e desenvolvimento de tintas decorativas, comercializadas sob as marcas Suvinil & Glasu! e o negócio seguirá operando normalmente, sem alterações”, diz a nota.

O sindicato discorda. “tomamos conhecimento dos motivos que levaram a essa decisão e manifestamos prontamente nossa inconformidade, uma vez que a economia brasileira apresenta um cenário positivo e estável com perspectivas ainda mais promissoras no contexto da iniciativa da Nova Indústria Brasileira”, pontua.

A entidade pretende ainda procurar as autoridades para tentar reverter a situação. “Reiteramos, de forma inequívoca, que não estamos de acordo com essa decisão. Vamos informar e ouvir os trabalhadores, os sindicatos das categorias da cadeia de produção, a comunidade, o prefeito de São Bernardo, o governador do Estado e o governo federal, além de vereadores e deputados eleitos na região”.

O sindicato defende a união de forças com a empresa e políticos como forma de estancar a saída de empresas.

Em novembro, o Diário mostrou que nos últimos nove anos, 14 grandes empresas deixaram São Bernardo. Nove delas durante o governo do prefeito Orlando Morando (PSDB). 




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