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Alunos de Diadema aprendem sobre uso seguro da internet

Cidade promove formação para estudantes da rede municipal; crianças debatem sobre cyberbullying

Thainá Lana
27/11/2023 | 20:09
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Divulgação

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Qual a idade mínima para utilizar aplicativos como Tik Tok e Instagram? É legal ficar mostrando o corpo nas redes sociais? Quando algum estranho pergunta informações pessoais, vocês mostram a conversa para os pais? Essas foram algumas das perguntas feitas para os alunos do 4° ano da Emeb (Escola Municipal de Educação Infantil) Florestan Fernandes, em Diadema, durante oficina sobre segurança na internet e cyberbullying.

A formação foi realizada na última quarta-feira (22), e faz parte do Escola que Protege, programa da Prefeitura que promove uma série de ações de prevenção de violência e proteção à infância e a adolescência. As oficinas tiveram início neste ano e já ocorreram em cinco unidades de educação infantil do município, totalizando a participação de 55 turmas e 1.760 alunos.

De maneira lúdica, a psicopedagoga Maria Aparecida Xavier dos Santos e a psicóloga Jéssica Batista da Silva, ambas do Núcleo Social da Secretaria de Educação, abordaram diversos temas com as crianças, como tempo de uso da tela, compartilhamento de fotos, riscos da exposição de imagens, uso da internet sem supervisão de adultos, cyberbullying, entre outros tópicos. Ao serem questionadas, todas as crianças responderam que utilizam redes sociais, como Instagram, Youtube, TikTok, ou participam de jogos on-line.

A coordenadora do núcleo, Deusolita Silva explica que as oficinas ocorrem por demanda das escolas, ou seja, quando a direção escolar identifica algum caso de violência, bullying ou cyberbullying, é solicitada a formação para secretaria. 

“Em algumas instituições, tivemos alguns casos de alunos que criaram grupos de WhatsApp para falar de outras crianças, zombar do seu jeito ou aparência. Como trabalhamos com prevenção, o objetivo não é apenas chamar a atenção de quem praticou o bullying, mas promover o respeito e a boa convivência nas turmas, e também estimular as crianças a pensarem nas suas atitudes no ambiente escolar e nas redes sociais”, afirmou Deusolita.

A estudante da Emeb Florestan Fernandes, Ingrid de Sousa Carvalho, 11 anos, participou ativamente da oficina e contou que já sofreu com comentários maldosos na internet. “Quando tinha 9 anos, gostava de postar vídeos de dança no TikTok, mas algumas pessoas começaram a comentar sobre o meu corpo, então parei. Minha mãe controla tudo que faço no celular, e é importante que os pais façam isso, porque a internet pode ser um lugar perigoso, é preciso usar com cuidado”, falou a pequena.

Victor Hugo Ferreira de Carvalho, 9, disse que a formação é importante para alertar outras crianças sobre a segurança na internet e a importância de não praticar cyberbullying. “Tem gente que não acredita, mas já vi muitos comentários ruins nos aplicativos. Tem muitas pessoas maldosas nos jogos on-line. Alguns adultos entram no bate-papo e começam a fazer perguntas para você, quando isso acontece saiu na hora e aviso minha mãe, que controla tudo”, afirmou o aluno.

Sobre os casos de intimidação ou violência, Jonatha Diego Marques Viana Oliveira, 11 anos, desabafou que precisou mudar de escola por conta de ataques de outros colegas. “Já sofri bullying. Nasci no meio do ano, então entrei atrasado na escola, e por conta disso os alunos ficavam me zoando, falavam que eu era repetente. Foi uma situação muito desconfortável, não tinha mais vontade de ir para escola”, explicou Jonatha.

Municípios promovem ações para coibir bullying nas escolas

Assim como Diadema, as Prefeituras de Santo André, Mauá e Ribeirão Pires promovem durante o ano diversas ações para combater a violência e promover a cultura de paz nas escolas das redes municipais. 

Em Santo André, a Secretaria de Educação realiza durante todo ano letivo atividades e formações com a temática para profissionais da educação. Os Cesas (Centros Educacionais de Santo André) promovem ações para os alunos que participam de atividades complementares ao programa Toda Criança tem Direito de Aprender e também alunos das 17 escolas recém-municipalizadas pela Prefeitura.

No município mauaense, também são realizadas formações continuadas dos profissionais da rede. Contra o bullying, a administração informou que promove na Escola Municipal Guimarães Rosa uma roda de conversa sobre o tema. “Foram desenvolvidos debates sobre suas características diferentes em gênero, raça, nacionalidade, deficiências e Transtorno do Espectro Autista, no ambiente escolar e fora dele. 

A intenção é auxiliar na construção da cidadania, da personalidade e da identidade, promovendo empatia e respeito para mitigar o preconceito”, esclareceu a administração.

A Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio do APSE (Apoio Psicossocial Escolar) atua diretamente com os alunos que fazem parte das 33 escolas que formam a rede municipal. Ao longo de todo ano, o APSE realiza atividades como: oficinas, rodas de conversa, intervenções artísticas, escutas acolhedoras, visitas domiciliares, reuniões de pais e reuniões com responsáveis, com objetivo de criar ambiente propício para a integração entre os estudantes.




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