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De acordo com o pesquisador e consultor do Idec Otávio de Tolêdo Nóbrega, o consumo do tiratricol causa efeitos como febre, sintomas cardiovasculares – até infarto agudo do miocárdio –, problemas neurológicos (derrame cerebral), além de diarréia, vômito, náusea, redução da massa óssea, reações alérgicas cutâneas e crises de calor intensa. “Há até relatos de morte súbita associada ao uso do remédio”, disse Nóbrega.
Isso ocorre porque a dosagem da composição ou a posologia aconselham quantidade maior do que a indicada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 4 mg. “O que vemos por aí, inclusive em medicamentos fabricados por farmácias de manipulação, são dosagens de 30 mg”, disse a pesquisadora do Idec e professora da Universidade de Brasília Margo Karnikowski.
As conclusões foram encaminhadas à Anvisa e a proposta do Idec é que estes medicamentos tenham o registro cancelado e que a comercialização, restrita. Incluem-se aqui os suplementos alimentares que possuem o tiratricol na composição.
A fiscalização da venda também é emergencial, na avaliação dos pesquisadores do Idec. “Conseguimos comprar o Redulip, o Triac e o Trimag pela Internet, sendo que os sites oferecem informações que induzem os consumidores a pensar que os medicamentos são milagrosos”, afirmou Nóbrega. Em média, o consumo dos remédios, sem dieta alimentar, garantem perda de três quilos por mês. Para os pesquisadores, o medicamento é benéfico apenas no tratamento de câncer, mas em ambiente hospitalar.
A Anvisa informou ao Diário que está fazendo uma análise da substância tiratricol e que o resultado deverá ser finalizado na semana que vem. A agência informou que não realizou nenhum teste anterior.
Mundial – Em alguns países da Europa e Estados Unidos e Canadá o uso do tiratricol para emagrecimento é proibido. No Brasil, o medicamento é vendido por R$ 13 e não há obrigatoriedade de apresentar a prescrição médica.
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