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Fora de circulação
Polícia apreende uma arma de fogo por dia no Grande ABC

No primeiro trimestre do ano foram retirados de circulação 107 artefatos das cidades da região; objetos são destruídos após perícia

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
12/05/2022 | 21:39
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André Henriques/DGABC


No primeiro trimestre deste ano foram apreendidas 107 armas de fogo na região – média de um artefato por dia. Segundo levantamento realizado pelo Diário com dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), o número de apreensões foi 7% maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram retiradas de circulação 100 armas. Santo André, São Bernardo e Diadema são as cidades com as maiores apreensões – veja abaixo os dados por município.

As armas apreendidas nas operações policiais são encaminhadas à perícia, depois, após autorização do Poder Judiciário, são destruídas. Conforme esclarece a SSP, durante as diligências e abordagens policiais, as revistas são feitas visando o encontro de armas de qualquer tipo, inclusive de fogo. A pasta ainda ressalta que os artefatos são recolhidos durante diversas operações policiais, como a Operação Sufoco, implantada na semana passada e que visa combater assaltos praticados por criminosos disfarçados de entregadores.

O número de apreensões deste ano na região representa 4% do total de operações realizadas no Estado. O ano de 2019, período pré-pandemia, registrou o maior número de apreensões de arma de fogo dos últimos quatro anos, com 131 – mesmo cenário observado em outras cidades do Estado, inclusive na Capital. 

Mesmo com a alta nas apreensões, o especialista em segurança Igor Pipolo reforça que ainda é pouco para combater efetivamente o armamento ilegal. Ele esclarece que é preciso colocar em prática série de ações para combater o problema no País, incluído ações nas fronteiras para evitar o comércio ilegal, operações policiais especificas de apreensão de arma, entre outras iniciativas.

“Quando analisamos as estáticas pensamos que, quanto maior for o número de apreensões, maior está sendo o combate a esse tipo de crime. Na verdade, é justamente ao contrário. Se a polícia está recolhendo das ruas mais armas, significa então que a circulação desses itens está cada vez maior. A polícia sabe como e por onde entram as armas no País e quais os métodos para combater o comércio ilegal”, declara Pipolo.

DESVIO DE ARMAS

Segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz, em dez anos foram roubadas, por dia, nove armas legais no Estado. O estudo analisou 23.709 ocorrências entre 2011 e 2020. Neste período, houve média de 6,49 ocorrências a cada 24 horas, sendo que cada registro pode estar vinculado a uma ou mais armas, elevando a média para nove armas desviadas. 

O levantamento revelou que o maior número de ocorrências foi em residências. Apesar disso, os locais com mais registros de armas desviadas são repartições públicas (fóruns e delegacias), empresas de segurança privada, bancos e residências de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores). 

Frequentemente armas de fogo de origem legal terminam nas mãos do crime. Contudo, pouco se sabe a respeito de como ocorre este desvio. O governo brasileiro investe muito pouco em conhecer melhor a fonte das armas de fogo usadas em crimes e, especialmente, o caminho que elas percorrem até chegar aos perpetradores”, destacou o documento. 

São Bernardo, na quinta posição, e Santo André, em sexto, figuram entre as dez cidades com mais ocorrências de desvio de armas de fogo no Estado de São Paulo, segundo a pesquisa do instituto.



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