Altos funcionários do governo dos Estados Unidos estudam a possibilidade de encerrar os esforços de reconciliação com os insurgentes sunitas como parte da revisão em curso da política do país no Iraque.
Segundo o jornal
Washington Post, que cita fontes que pediram anonimato, a proposta, apresentada pelo Departamento de Estado, foi feita depois da divulgação de um relatório interno que afirma que os esforços americanos para estender a mão a dissidentes sunitas fracassaram. Tais esforços poderiam, inclusive, repercutir negativamente e ter afastado os xiitas iraquianos.
A política de Washington consistiu até agora em apoiar um Iraque unificado, com base nas três principais comunidades do país -xiitas, sunitas e curdos. Washington não contempla abandonar esta meta, mas deixaria que os iraquianos exercessem a liderança em termos de reconciliação.
O embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, e os comandantes militares acreditam que integrar os insurgentes sunitas ao processo é fundamental para estabilizar o país.
Os sunitas, favorecidos sob o regime de Saddam Hussein e que durante séculos foram a coluna vertebral da elite e da classe média do país, constituem aproximadamente 20% da população iraquiana.