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Editorial
A novela da Ford
Do Diário do Grande ABC
16/10/2019 | 09:25
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A novela sobre a saída da Ford ganha cada vez mais capítulos em um enredo que em nada conforta os impactados com a decisão da montadora norte-americana em deixar o Grande ABC. Desta vez, funcionários receberam aviso alertando que o impasse pode se arrastar até fevereiro do ano que vem, o que deixaria a planta no bairro Taboão, em São Bernardo, abandonada por pelo menos três meses, já que as atividades se encerram em 31 de outubro.

A falta de informações sobre as negociações faz com que se crie campo fértil para especulações. O governador João Doria (PSDB), que ontem esteve mais uma vez na região, havia dito que até novembro a transação seria efetivada. Agora, o prazo é este mês, sucedido de uma declaração que causa ainda mais incertezas: “Estou empenhado em achar um comprador para a Ford”.

A frase pode ser interpretada por alguns prismas. Um deles, de que o governador tucano não desistirá do negócio já iniciado com a Caoa e tornado público em setembro, durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Outro, mais pessimista, de que as tratativas com a empresa esfriaram e que o debate voltou à estaca zero, com a procura de outro interessado no parque automotivo.

Em exatos 15 dias, a Ford fecha as portas após 52 anos de atuação na região sem um desfecho minimamente costurado. Passaram-se oito meses desde o anúncio da saída da montadora norte-americana e as dúvidas permanecem. Evidentemente que um negócio dessa proporção demanda tempo, diálogo, porém, famílias de empregados que serão desligados não podem esperar mais por respostas. Até porque houve promessas de recolocação desses funcionários na futura empresa que ocupará as instalações em São Bernardo.

Que nas próximas duas semanas todos os atores envolvidos venham a público para dar explicações concretas para que quem acompanha de longe essa novela possa pensar no futuro sem ficar como refém de boatarias que se avolumam diariamente.




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