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INSS: 13 mil processos parados
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
23/04/2002 | 22:22
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Cinco meses após o fim da greve nacional dos servidores públicos federais, que paralisou o sistema por 100 dias, o atendimento nas agências da Previdência Social da região ainda não se normalizou. Um dos reflexos é o agravamento na espera por atendimento. Hoje, as seis agências do INSS da região têm 13.306 processos à espera de análise, número 94,98% maior que a situação encontrada em agosto do ano passado, antes de a greve ser deflagrada.

Na gerência de São Bernardo, que agrega também a agência Diadema, a fila de espera por atendimento mais que dobrou – cresceu 108,2% –, passando de 2.642 processos para 5,5 mil, especialmente de auxílio-doença. Segundo o gerente executivo em São Bernardo, Claudio Y. Takaesu, a volta do sistema à normalidade está sendo mais demorada do que o imaginado inicialmente, sendo necessários pelo menos mais seis meses para que isso ocorra. “Entram 3,2 mil processos/mês e analisamos 3,4 mil. Com isso, conseguimos reduzir o nosso acervo em 200 processos/mês; esperávamos receber 600/mês”, disse.

Segundo ele, o ideal era não ter fila de espera no atendimento, mas isso é quase impossível por conta da reduzida estrutura de atendimento e outros fatores. “Há processos que esperam por documentos do trabalhador, laudos das empresas”, disse. Hoje, as duas unidades têm 85 funcionários ao todo para atender. Por dia, São Bernardo atende 1,2 mil pessoas/dia e Diadema, 800 pessoas/dia.

Santo André – Na gerência de Santo André – responsável pelas agências de Santo André, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires –, o atendimento já voltou aos números normais, antes da greve. Porém, o volume de processos à espera de análise ainda está superior ao normal. De acordo com a chefe de controle da qualidade do atendimento nas quatros unidades, Thereza Cristina Diniz Capellari, em 13 de agosto do ano passado esperavam por atendimento um total de 4.182 processos. Hoje, este número é de 7.806 nas quatro agências, um volume represado 86,7% maior. Entre os processos, a maior parte é de casos de aposentadorias que exigem análise mais complexa.

Para agilizar o processo, a gerência tem realizado uma série de ações. “Tentamos eliminar a burocracia e remanejamos a maior parte de funcionários do atendimento para a análise dos casos”, disse. Na próxima quinta-feira, dia 2, a gerente executiva em Santo André, Rosana Massucato, participará de uma reunião com gerentes de todo o Estado para resolver esta questão. Entre as soluções propostas, está a união de todas as agências no remanejamento de funcionários conforme a necessidade.

Por dia, a agência de Santo André recebe 1,3 mil pessoas, atendidas por um quadro de 111 funcionários, entre servidores e contratados. A de São Caetano recebe uma média de 450 pessoas/dia, com um quadro de 48 funcionários. Em Mauá são 600 pessoas e 29 funcionários e em Ribeirão Pires, 350 pessoas/dia, para um atendimento de 11 funcionários.




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