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'O Homem que Copiava' reúne diversos gêneros
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
24/06/2003 | 19:17
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Assim como em seu longa anterior, Houve uma Vez Dois Verões (2002), O Homem que Copiava, de Jorge Furtado, em cartaz no circuito, aborda o cotidiano dos jovens. É um universo no qual o diretor e roteirista da Casa de Cinema de Porto Alegre sente-se à vontade – e por isso o retrata tão bem. O primeiro fala de um amor de verão que resulta numa gravidez, só descoberta pelo rapaz meses depois da concepção. Já o segundo mistura vários gêneros para contar a história de André (Lázaro Ramos) e, por meio dele, falar de uma geração que “sabe muito pouco sobre muitas coisas”, como o próprio Furtado define.

A cultura fragmentada aparece codificada na rotina de André, um operador de fotocopiadora que passa o dia lendo apenas algumas frases dos textos que reproduz. André é pobre, mora com a mãe – desta, o espectador só vê o pé, simbolizando assim sua ausência – e desconhece o pai. Nutre uma paixão platônica pela vizinha, Sílvia (Leandra Leal), e tem como colega de trabalho a exuberante Marinês (Luana Piovani) numa papelaria de bairro.

André quer ganhar dinheiro para fugir com Sílvia, enquanto Marinês sonha em casar com um homem rico que a tire da mediocridade. Também entra em cena um amigo de Marinês, Cardoso (Pedro Cardoso), um vendedor de bugigangas cuja meta é levar a moça – que é virgem – para cama. Todos têm suas ambições e parecem muito longe de conquistá-las. Até que André descobre que pode copiar dinheiro na máquina.

André só aceita praticar o golpe porque está apaixonado. Para se aproximar de Sílvia, que é vendedora de roupas, ele precisa comprar uma peça com ela. Interessante é a forma como Furtado passa do drama para a comédia e desta para a ficção, interligando tudo com romance, sem que o espectador fique incomodado com isso.




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