Segundo o ministro do Interior, Jorge Matzikin, o governo deve decretar na próxima semana a troca obrigatória dos depósitos retidos pelo ‘corralito’ por bônus com prazo de 10 anos. A taxa de juros deste bônus seria a Libor de seis meses, mais um ponto percentual. O governo também ofereceria um bônus voluntário para contas correntes com um prazo de cinco anos.
Em janeiro, o governo congelou 40 bilhões de pesos (ou US$ 12,5 bilhões) em depósitos a prazo fixo e colocou restrições para a retirada dos 30 bilhões de pesos em contas correntes numa tentativa de tentar frear a fuga de capitais que colocou na corda bamba o sistema financeiro.
O fim do ‘corralito’ e a implementação de decreto que defina o polêmico Coeficiente Econômico de Referência (CER), índice que reajustaria dívidas hipotecárias abririam caminho para que o Congresso aprove a eliminação da lei de subversão econômica e a modificação da lei de falência de empresas, ambas medidas exigidas pelo FMI e emperradas no Parlamento há quase dois meses.
O governo vem tentando há cerca de um mês encontrar uma alternativa ao ‘corralito’, que diariamente provoca protestos de correntistas atingidos pelo confisco de depósitos. Pelo menos quatro suicídios foram registrados. O impasse em torno do decreto também foi responsável pela queda do ex-ministro da Economia Jorge Remes Lenicov.
Outro decreto que o governo estaria preparando é o que modificará o Coeficiente Econômico de Referência (CER), que passaria a servir para reajustar créditos hipotecários a partir de agosto, e ameaçava ser outro motivo para protestos populares, já que seria atrelado à inflação, enquanto que os salários estão congelados ou sendo reduzidos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.