Hoje é comemorado o Dia do Automóvel. A data foi criada em 1934 pelo então presidente Getúlio Vargas, sob o decreto 24.224. O fato é que de lá para cá essa paixão nacional foi alvo de constante evolução.

A proposta dos automóveis segue a mesma, mas quando se fala em design e, principalmente, em conteúdo, a realidade é outra. Você sabia, por exemplo, que lá atrás estepe, dois para-choques e quatro amortecedores eram vendidos como itens extras? Pois é, se hoje modelos de entrada podem ser equipados até com centrais multimídia, na década de 1920, freios nas quatro rodas e fechaduras representavam inovação. Esse era o chamariz da propaganda do Ford Modelo A, de 1928.

E quem não se lembra do quebra-vento? O item foi inovador no Chevrolet Pavão 6 (de 1933), mas equipou os carros até décadas recentes, como Corcel, Monza, Brasília, entre tantos outros, na intenção de controlar a climatização evitando a entrada de vento e chuva no habitáculo do carro. Hoje, foi extinto.

Pulando para a mecânica, motor dianteiro transversal, câmbio automático, injeção direta de combustível e monobloco (chassi e carroceria num só corpo) também fizeram a clientela suspirar na primeira metade do século passado.

DESIGN
Hoje em dia é comum falar em faróis de LED, teto flutuante, rodas de liga-leve... Pois é, quem diria que as carrocerias dos automóveis eram feitas em madeira, antigamente?

Sem contar que o design dos veículos está cada vez mais futurista. Hoje, não é difícil um carro-conceito (aqueles exibidos nos salões) entrar em linha de produção com pouquíssimas alterações visuais. E já até se fala em carro autônomo (sem motorista), outros movidos a eletricidade... Só falta, mesmo, voar, como no desenho animado Os Jetsons. Aliás, essa pode ser a única opção num País onde a frota supera as 45 milhões de unidades – atualmente o Brasil já tem um automóvel para cada 4,4 habitantes, de acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).