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Cinema: Jet Li escorrega em 'Beijo do Dragão'
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
29/11/2001 | 19:27
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Depois do sucesso de Romeu Tem que Morrer (1999) nos Estados Unidos, o astro asiático Jet Li bem que poderia emplacar outros filmes com muita ação e pouca pretensão – dando ênfase, claro, às artes marciais que ele domina como poucos. Mas foi se meter a besta de filmar com Luc Besson, aquele cineasta francês que costuma exagerar nas viagens criativas. O resultado é o insosso Beijo do Dragão (Kiss of the Dragon, França/EUA, 2001), que estréia nesta sexta no Grande ABC.

A direção ficou a cargo do jovem Chris Nahon, 32 anos, um estreante na cadeira principal. Mas quem manda mesmo no projeto é Besson, que assina o roteiro e a produção. Em Beijo do Dragão, Jet Li faz Liu Jiuan, agente especial do governo chinês que viaja até Paris para uma missão delicada. Liu visita a Cidade Luz para auxiliar Richard (Tchéky Karyo), um oficial de polícia com métodos nada ortodoxos, que acumulou um exército de fanáticos para protegê-lo.

Como era de se esperar, Richard acaba apunhalando Liu pelas costas. Durante a missão para qual foi escalado, o mau-caráter arma para que Liu fique com a culpa do assassinato de um milionário em um hotel, no qual estavam presentes duas prostitutas agenciadas por Richard. Uma delas morre, a outra é Jessica (Bridget Fonda).

O agente fica ao deus-dará. Consegue escapar da cilada, mas sua estada em Paris parece ser cada vez mais curta, já que uma dúzia de capangas está atrás dele. Sua única chance de sobreviver é se refugiar nos fundos da fábrica de biscoitos de Tio Tai (Burt Kwoukt), um velho chinês colaborador de ações secretas do governo.

A partir daí, as coincidências começam a agir em favor de Liu, como para todo mocinho no cinema. Em primeiro lugar, a prostituta Jessica acaba batendo à sua porta. Ela é a única testemunha capaz de provar a inocência de Liu e tem uma história bem piegas – sua filha pequena foi tomada por Richard, que a chantageia usando a menina. No começo, Liu parece perturbado com a presença da moça, mas qualquer um adivinha que os dois protagonizarão um romance ao melhor estilo Uma Linda Mulher.

Para os fãs do gênero, a pancadaria rola solta, mas no fim das contas, Beijo do Dragão não agrada, mesmo porque está repleto de situações que não convencem ninguém. O melhor mesmo é alugar algum título de Jackie Chan, que não se leva tão a sério, é tão acrobático – só que mais realista – quanto Jet Li e ainda faz o público rir à beça.




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