É inseto da família da pulga, chamado Tunga penetrans, do tamanho da cabeça do alfinete. Pode ser encontrado em fazendas e solos arenosos (não em praias), quase sempre em local quente e seco.

Quando alguém anda descalço, a pulga fêmea penetra na sola do pé (por isso o nome bicho de pé), onde deposita os ovinhos. Isso também pode ocorrer na pele sob as unhas e no espaço entre os dedos. Provoca coceira, dor, inflamação e até bolinhas.

É preciso ir ao médico para retirá-la por meio de agulha ou tomar medicamentos. Para evitar o contágio, é preciso andar sempre calçado nesses lugares. Há outros bichinhos e vírus que provocam doenças.

Os animais também pegam bicho de pé, principalmente porcos e cães. A pulga se aloja na junção do casco, entre a unha e a pele, além do focinho. O tratamento é o mesmo.

Bicho de pé é também o nome de um docinho comum nas festas de aniversário. Confira abaixo a receita. (Supervisão Teresa Monteiro)

Doce gostoso - Separe 1 colher (sopa) de manteiga, 1 lata de leite condensado, 1 caixa de gelatina de morango. Em uma panela, misture o leite e a manteiga. Leve ao fogo baixo e mexa até ferver. Depois acrescente o pó da gelatina e mexa até soltar do fundo da panela. Enrole quando esfriar.

Olho de peixe também no pé

O olho de peixe aparece na sola do pé na forma de verruga, provocada pelo HPV papiloma vírus humano. Tem esse nome porque a verruga não consegue crescer para fora, já que a gente sempre está andando e calçado. Assim, cresce para dentro e causa dor. Sua forma lembra a do olho de peixe.

Surge pelo contato com outras pessoas que já estão contaminadas. Entretanto, o vírus pode estar no ar e, nesse caso, se instalar na pele. Ainda pode aparecer na mão. Essa verruga é autoinoculável, ou seja, você pode tê-la na mão e, ao encostá-la no pé, também contaminar essa parte do corpo.

É comum confundi-lo com calo. Só o médico pode indicar o tratamento mais adequado. Para evitar o contágio, o ideal é sempre estar calçado.

O geográfico está na areia

O bicho geográfico é a larva encontrada no cocô do cão e do gato deixado na areia da praia. Quando a gente pisa descalço, penetra na pele na camada superficial e faz um caminho meio avermelhado pelo corpo, formando riscos que lembram o mapa; por isso, recebe o nome bicho geográfico.

Essa larva, em geral, penetra pelo pé, mas também pode ser pelo bumbum, ao sentar na praia, sem toalha ou canga. Marca a pele e provoca coceira. Só o médico pode indicar o tratamento adequado.

No cachorro e no gato, essa larva não caminha pelo corpo, encontra o vaso sanguíneo e vai direto para o intestino, onde sai pelas fezes. Os animais precisam ir ao veterinário tomar vermífugos.

Tem ainda a larva de mosca

Todo animal mamífero pode ter um tipo de espinha que, ao espremer, sai um bichinho! É o berne, a larva de mosca. É transmitido em regiões de mata fechada e onde há criação de animais, quando uma fêmea deposita seus ovinhos no abdômen de outra mosca.

Ao voar, essa mosca solta os ovinhos no ar que penetram na pele dos bichos e também do homem, onde a larva chega a crescer até 2,5 cm. Depois disso, saem de lá e se enterram no chão formando um casulo.

O berne se desenvolve mais em partes descobertas do corpo, como cabeça e patas (no caso humano, braços e pernas). Provoca desconforto e dor. Para retirá-lo é preciso tomar medicamento ou usar uma pinça.

*Consultoria da dermatologista Daniela Presente Taniguchi, da Faculdade de Medicina do ABC, do pediatra Hamilton Robledo, do Hospital São Camilo, e do veterinário Paulo Henrique Bertazzo, do Hospital da UniABC