Setecidades Titulo Santo André
Entorno do Tersa sofre com abandono

Sujeira, má iluminação e insegurança cercam
um dos principais terminais rodoviários da região

Daniel Tossato
Do Diário OnLine
17/06/2015 | 13:30
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Celso Luiz/DGABC

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Sujeira, pichação, poeira e lama. Essa é a primeira visão de quem desembarca no TERSA (Terminal Rodoviário de Santo André) vindo de outras cidades. O cartão de boas -vindas do município mostra sinais de abandono e o que deveria ser agradável, muitas vezes chega a ser feio e perigoso. 

O Tersa é um equipamento público, construído e operado pela iniciativa privada, desde janeiro de 2000, quando foi inaugurado. Integra o terminal rodoviário e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além de dar acesso à vias principais da cidade como as avenidas dos Estados e Industrial. 

“À noite é bem perigoso. Eu já vi alguns usuários de drogas perambulando pela Avenida Industrial, como também há muita confusão devido aos pontos de prostituição que há em volta do terminal”, disse um dos taxistas que trabalha no local, e que não quis se identificar. “Semana passada ficamos sabendo que tentaram roubar um carro de um colega que trabalha aqui com a gente”, conta . “A iluminação não é das melhores, sempre tem um poste queimado o que aumenta a escuridão”, relata o profissional, que trabalha no ponto desde a inauguração do terminal. 

“Passo algumas vezes por aqui. Como é vazio, tenho medo”, diz Iracema Canguçu, que caminhava na longa passarela que liga o Tersa a estação Prefeito Saladino, da CPTM. Ela que, desta vez, estava acompanhada de uma amiga relatou que sempre ouve histórias de roubos e assaltos nas redondezas do terminal. “Como tenho que passar por aqui, acabo encarando o caminho”. 

Também há reclamações sobre as condições das calçadas e da falta de sinalização de trânsito, o que prejudica o tráfego de carros particulares, táxis e ônibus que transitam pelo local. “A aparência do entorno não é das melhores. Tudo muito pichado, muita sujeira. Não é um lugar bonito”, lamenta Cristina Afonso, enquanto esperava uma das conduções. “O acesso aos cadeirantes também é precário”, reclama outro taxista, que se preparava para varrer a calçada. “Aqui quem varre a calçada somos nós mesmos, já que quase nunca passa um profissional da limpeza. Nós que trabalhamos aqui, não aguentamos tanta sujeira e pó, sendo assim nos revezamos na hora de varrer a calçada”.  

Além dos problemas urbanos, de segurança e outros que foram detectados no entorno de um dos principais terminais intermunicipais e interestaduais do Grande ABC, a equipe do Diário constatou problemas dentro do terminal como a falta de extintores e mangueiras de incêndio nos locais demarcados para estes instrumentos e a escada rolante sem funcionar.

Em nota, a Prefeitura de Santo André  informou que tem planos para começar uma revitalização da área, mas aguarda o projeto de modernização das estações da Linha 10 – Turquesa da CPTM, que fica sob responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo.  

 A administração do Tersa foi procurada, mas não manifestou nenhum posicionamento.  




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