O coordenador da bancada do PFL na Comissão, deputado José Carlos Machado (SE), disse que um dos adendos tem mais de 100 páginas e que nem os assessores dos partidos da base aliada conheciam o teor das alterações. Por este motivo, um acordo para a votação do PPA parece distante.
De acordo com o deputado Gilmar Machado (MG), que coordena a bancada do PT, os governistas aceitam as propostas da oposição de se fazer a revisão anual do PPA, mas discordam de que a discussão do plano seja atrelada ao bloqueio de R$ 6 bilhões do Orçamento de 2004.
Um dos pontos polêmicos do PPA é o superávit primário. O texto do relator prevê sua redução gradual, dos atuais 4,25% para 3,25% do PIB em 2007. O governo prefere manter o índice atual. Segundo Saturnino, a redução do superávit permitiria aumentar os investimentos da União em R$ 27,9 bilhões.
Apesar da posição de seu colega de partido, Gilmar Machado foi taxativo contra a redução do superávit. “Vamos permanecer com o superávit de 4,25% para este ano e, se necessário, faremos a revisão depois”.
O PPA funciona como projeto estratégico para definição dos investimentos em obras e serviços nos próximos quatro anos. De acordo com o deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), a bancada governista não tem se empenhado em votar a proposta. “Como estão com restrição orçamentária, segurar a votação do PPA é uma das formas de segurar obras e serviços. Enquanto o PPA não for aprovado, várias obras não poderão ser executadas”, avaliou.
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