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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Escolas do Sesi terão período integral a partir de 2011
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
25/06/2009 | 07:37
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As 12 escolas mantidas pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) no Grande ABC serão modernizadas e funcionarão em tempo integral a partir de 2011. Com a mudança também está prevista a criação de cerca de 1.500 vagas. O pacote de novidades anunciado ontem pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de Paulo), Paulo Skaf, em Santo André será possível graças ao investimento de cerca de R$ 200 milhões na região.

"Todos os centros educacionais serão substituídos por escolas de ensino integral. Será o novo padrão de excelência Sesi", afirmou Skaf durante o discurso de inauguração do centro de reabilitação em Santo André.

O objetivo do Sesi é ampliar a estrutura dos CATs (Centro de Atividades) - complexos que reúnem quadras, piscinas e demais espaços para lazer e esportes - para concentrar a maior parte dos CEs (Centro Educacionais) locais. A centralização facilitaria o acesso dos estudantes aos dispositivos para atividades no contraturno escolar, já que eles permanecerão nas unidades em período integral. Em Diadema, Mauá e Santo André há escolas dentro e fora dos CATs. "Faremos estudos para verificar a possibilidade de ampliação; caso não seja possível faremos novas construções. As obras devem começar em 2010", prometeu Skaf.

Nas 12 escolas da região há aproximadamente 15 mil alunos. Cerca de 70% são dependentes de industriários, o restante vem da comunidade. A prioridade é dos beneficiários da indústria.

Quando há vagas remanescentes no início dos anos letivos elas são distribuídas aos não sócios por meio de sorteios. A vaga é garantida até o término dos estudos. No Ensino Médio, o aluno tem opção de frequentar paralelamente cursos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que oferece opções voltadas ao potencial econômico da região.

Para a professora Maria Márcia Sigrist Malavasi da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade de Campinas) a proposta pedagógica do Sesi é interessante, pois prepara o jovem ao mercado de trabalho. "O grande questionamento é que a iniciativa privada faz o que deveria ser realizado pelo Estado, o verdadeiro responsável pela Educação. O Estado vê um modelo bem-sucedido como este e nem assim implanta algo parecido nas escolas públicas."

Apesar de ser mantida por contribuições do setor privado, o Sesi cobra de alunos mensalidades que, no entanto, são abaixo do mercado de escolas privadas. No Ensino Fundamental, os dependentes de industriários têm taxas anuais entre R$ 313 a R$ 1.045 (caso do período integral) divididas em dez vezes. Os não sócios têm mensalidades de R$ 437 a R$ 1.482 (integral). No Ensino Médio os beneficiários pagam R$ 1.800 por ano em dozes vezes, e os alunos da comunidade, R$ 2.160 no mesmo número de parcelas.

Senai - O pacote de investimentos para a região inclui a construção de duas unidades do Senai em Mauá e São Caetano. Em ambas as cidades há apenas centros de treinamento em espaços pequenos.

Para Diadema e Santo André está prevista a reforma das instalações e compra de equipamentos. Em São Bernardo, o Senai investiu R$ 3,6 milhões num núcleo de tecnologia em mármore e granito inaugurado em fevereiro. Atualmente 82.240 alunos do Grande ABC estudam nas unidades do Senai.

 




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