O lançamento do edital para o concurso público da Câmara de Mauá, previsto para ocorrer em fevereiro, é agora empurrado para abril. O atraso é em virtude de os estudos sobre o levantamento de cargos a serem criados, salários de mercado e o impacto financeiro ainda não terem sido concluídos.
Apesar da demora com relação ao prazo estipulado no ano passado, o presidente do Legislativo, Rogério Santana (PT), confia que a nova meta será cumprida. Para tanto, afirma cobrar a direção da Casa periodicamente para que o edital seja publicado o quanto antes.
"Dei um ultimato à direção. Temos de publicá-lo em abril de qualquer jeito", analisa o petista. Em sua defesa, aponta a realização de reuniões quase diárias com a Diretoria-Geral e os departamentos de Contabilidade e Recursos Humanos. O esforço não foi suficiente para o cumprimento do prazo, segundo Rogério, pelas demais atribuições das equipes no dia a dia.
A previsão é de que o edital liste, no mínimo, 20 vagas a serem preenchidas nas áreas de contabilidade, taquigrafia, recepção, telefonia, recursos humanos e licitações, além da contratação de seguranças e motoristas.
"Para absorver os novos funcionários temos de ter organograma que dê conta, moderno, até para preparar a Casa para o aumento do número de vereadores, que deverá passar de 17 para 23 na próxima legislatura", atenta o presidente da Câmara.
Rogério conclui que a dificuldade na organização de concurso público é um mal que atinge a maioria dos Legislativos do Brasil. "De maneira geral, todos se acomodaram nesta questão. Agora temos de correr atrás."
Sem concurso público há mais de 20 anos, a Câmara de Mauá abriga em seus quadros desvio de função. A situação é admitida inclusive por Rogério Santana. "Por força da necessidade, acaba acontecendo", revela.
O petista, no entanto, enxerga na nova concorrência a chance de liquidar a injustiça. "Este concurso vem para corrigir estas distorções e para equacionar o nosso deficit no quadro de funcionários."
Além de ainda não ter publicado o edital sobre a realização do concurso público, a direção da Câmara de Mauá vive a expectativa de ter de demitir ou reenquadrar funcionários. No ano passado, o MP (Ministério Público) questionou a necessidade de mais de 150 cargos em comissão. Rogério Santana recorreu e aguarda pronunciamento do órgão. "Por enquanto ainda não sabemos o que teremos de fazer neste caso", salienta.
A Casa espera que até o fim de março seja comunicada pelo MP sobre as providências que terá de tomar.
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