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Bolsa registra 4ª grande queda desde 1968
03/11/2008 | 07:01
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O professor de matemática Décio Pecequilo é memória viva do mercado de capitais brasileiro. Em janeiro, completa 40 anos no ramo. Nesse período, vivenciou: crises da dívida externa, desvalorizações cambiais, escândalos financeiros, recessões ao redor do mundo. A crise atual, diz , é a pior de todas. Mesmo assim, ele se mostra animado com as perspectivas para os investimentos em bolsa de ações. "Os preços das ações estão atraentes", garante ele, que hoje é operador-sênior da TOV Corretora.

As palavras do experiente profissional talvez sirvam de estímulo para aqueles que pretendem entrar no mercado acionário seguindo o princípio básico alardeado por 10 entre 10 analistas: comprar na baixa e vender na alta. Mas não consolam os milhares de brasileiros que foram engolidos pelo mergulho do Índice Bovespa de maio para cá. Uma queda, aliás, que entrará para os livros como a quarta maior da história do indicador, criado em 1968.

O Ibovespa despencou 49,3% desde que atingiu o pico de 73.516 pontos, no dia 20 de maio. O tamanho do tombo não era previsto nem pelo mais pessimista dos analistas e, por isso, pegou a maioria das pessoas desprevenidas.

Já há especialistas que temem uma freada na migração dessas pessoas para a bolsa, como já ocorreu em outros momentos da história. Afinal, nos últimos anos, milhares de brasileiros venceram o medo e escolheram as ações para aplicar parte de suas economias. De 94.320 em dezembro de 2003 foram a 550.562 em setembro deste ano. Ou seja, um avanço de 484%. "Infelizmente, a maioria das pessoas compra na alta e vende na baixa", afirma o administrador de investimentos Fabio Colombo.




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