Política Titulo Em Ribeirão
Um terço dos servidores públicos está em experiência

Cerca de 1.400 dos 3.800 funcionários foram contratados nos último três anos

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
05/05/2013 | 07:00
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A Prefeitura de Ribeirão Pires possui cerca de 3.800 servidores públicos, sendo que 1.373 estão em estágio probatório, ou seja, as pessoas foram contratadas nos últimos três anos e a efetivação depende de análise do Executivo. Os dados divulgados pela Prefeitura mostram que 36% dos funcionários que estão na administração pública tiveram admissão assinada pelo ex-prefeito Clóvis Volpi (sem partido).

Neste período foram inauguradas duas escolas municipais, um posto do Acessa São Paulo com Centro de Referência de Assistência Social, Atende Fácil e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas). A nota enviada pelo Paço informa que "a demanda de profissionais para essas novas unidades foi menor do que a quantidade de funcionários contratados".

O prefeito de Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB), acusa Volpi de realizar as contratações intencionalmente para prejudicar quem assumisse o poder.

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) notificou o Executivo em janeiro deste ano, alertando sobre a folha de pagamento. Atualmente, 48% da receita líquida do município estão empenhados para funcionários (cerca de R$ 8,8 milhões). A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que a administração pública municipal pode gastar até 54% da receita com salário.

Saulo afirma que a intenção do Executivo é promover todos os servidores, apesar da situação delicada. "Os que desempenharem bem o papel na sua função serão mantidos nos cargos. As secretarias vão definir isso no momento certo", pondera.

O chefe do Executivo nega que haja perseguição com os servidores por terem sido convocados por Volpi, seu principal adversário político. Alguns funcionários ligados a partidos que foram base de sustentação ao ex-prefeito reclamam que recebem tratamento distinto por parte de comissionados aliados do grupo político de Saulo.

O comandante do Paço declara que a acusação é invenção para tumultuar. "Não existe essa história que estamos perseguindo quem era do Clóvis. Pelo contrário. Existem bons quadros da administração dele que foram mantidos no nosso governo", alegou. Paulo de Tarso (Assuntos Estratégicos) e Temístocles Cristofaro (Secretaria de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico) estão nas Pastas desde a administração passada.

Volpi não retornou aos contatos da equipe do Diário.




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