Cultura & Lazer Titulo Festival de inverno
Sons de Paranapiacaba
Ângela Corrêa
Diário do Grande ABC
19/07/2008 | 07:00
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Lenine e Zeca Baleiro puxam o segundo fim de semana do 8º Festival de Inverno de Paranapiacaba, que segue na Vila andreense até o dia 27. O primeiro sobe ao palco do Viradouro às 17h deste sábado e Baleiro fecha o dia domingo, no mesmo local, às 18h.

O compositor pernambucano, atualmente em estúdio para finalizar o sexto álbum solo, Labiata, deve apresentar esta tarde um apanhado de seus últimos CDs. O cantor maranhense, que se dedicava ao projeto Baile do Baleiro, em que executava músicas dançantes ao lado de amigos do meio, se divide no momento entre shows em todos os cantos do País - tocou em Vassouras (RJ) e Garanhuns (PE) nos últimos dias.

Apresenta domingo faixas de seus cinco discos anteriores, como Telegrama, Quase Nada, Heavy Metal do Senhor, Bandeira e Vô Imbolá, além de surpresas, que podem pertencer ao primeiro volume do álbum O Coração do Homem-Bomba, disponível a partir de agosto. O segundo sai em novembro.

A cantora Marina de la Riva, que se apresentaria neste sábado no Clube União Lyra Serrano, está em Cuba, terra de seu pai, e não conseguiu vôo para antes do dia 24. No lugar, sobe ao palco do clube às 15h a Banda Som do Meio Fio, projeto paralelo dos integrantes da Orquestra de Músicos das Ruas de São Paulo, desenvolvida pelo compositor e saxofonista Livio Tragtenberg. O sanfoneiro Verinho, os emboladores Peneira & Sonhador, o violonista Franco e o percussionista maranhense Nazaré são músicos que se apresentam em espaços públicos como a Praça da Sé. Completa o grupo o produtor Emerson Boy.

Essa não é a única atração do dia com a assinatura de Tragtenberg. O saxofonista, ao lado do músico Wilson Sukorski, apresenta ao vivo a trilha sonora que ambos criaram em 1997 para o documentário mudo São Paulo, Sinfonia da Metrópole, de 1929, enquanto a película é exibida.

Outra atração importante no Viradouro é o reencontro do músico andreense Sapopemba com a cantora cubana Liena Centeno, parceiros no álbum Agô - Cantos Sagrados de Brasil e Cuba. A Orquestra Heartbreakers é convidada. Shows neste espaço e no Lyra necessitam de ingresso, distribuído duas horas antes na bilheteria (Rua Fox, 171).

Demais destaques são a apresentação do repertório do CD Farinha Digital, parceria do violeiro Pedro Osmar e do percussionista Loop B, no Palco do Mercado.

Programe-se

Sábado
12h - Eurídes Macedo e Regional
(Largo dos Padeiros).
13h30 - Bumba-Meu-Boi de
Pernambuco (Espaço Criança).
14h - Orquestra de Samba e
Choro de São Mateus (Mercado)
14h - Cia. 1/2 Trupe (itinerante).
15h - Banda Som do Meio Fio (Lyra Serrano)
16h - Pedro Osmar e Loop B
(Palco do Mercado)
16h - Apresentação da peça
infantil O Cego e o Elefante, com
o grupo Bolinho de Arroz (Núcleo
de Cerâmica).
17h - Lenine (Espaço Viradouro)
19h - Filme: Sinfonia da
Metrópole, com Wilson Sukorski e
Livio Tragtemberg (Lyra Serrano)
19h - Batucada Falada (Largo
dos Padeiros)
20h - Encontro de Músicos de
Paranapiacaba (jam session no
Improviso's Bar Cultural).
21h - Agô - Cantos Sagrados
Brasil e Cuba e Orquestra
Heartbreakers (Espaço
Viradouro)

Domingo
12h - Conjunto + 1 (MPB)- 12h
(Largo dos Padeiros)
13h - Fanfarra do Parque
Andreense (itinerante)
13h - Grupo Mawaca (Lyra
Serrano)
14h - Show do grupo Gem
(música experimenta no Palco do
Mercado)
14 h - Hamilton de Holanda e
Danilo Brito (Espaço Viradouro)
16h - Mona Gadelha (MPB no
Palco do Mercado).
17h - Duofel (Lyra Serrano)
18h - Zeca Baleiro (Viradouro)

Dia 26
12h - Grupo Brasileirinho (MPB
no Largo dos Padeiros)
13h30 - Peça Era Uma Vez... Um
Gato Xadrez (Espaço Criança).
14h - Grooves e Afins (Palco do
Mercado)
Das 16h às 21h - Projeto Recife
Transatlântico Sounds (Palco
do Mercado).
15 h - Trio 202 Nelson Ayres,
Toninho Ferragutti e Ulisses
Rocha (Lyra Serrano)
17h - Fabiana Cozza (Espaço
Viradouro)
19h - Balé de Diadema e Grupo
Pedra Branca (Lyra Serrano)
21h - Otto e banda (Viradouro)

Dia 27
12h - André Calixto e grupo
(MPB) (Largo dos Padeiros).
Das 13h às 17h - Artesanato na loja do Núcleo de Cerâmica
13h - Sound Scape Big Band
(Lyra Serrano)
14h - Escola de Samba Seci
(Palco do Mercado)
14h - Sambada do Cavalo
Marinho (itinerante)
16h - Rubens Kurin e banda
(MPB no Palco do Mercado).
18h - Karina Fiorentino e banda
(MPB no Palco do Mercado).
14h - Eddie C. Campbell e
Irmandade do Blues (Espaço
Viradouro)
17h - Badi Assad Trio (Lyra
Serrano)
18h - Scott Henderson Trio
(Espaço Viradouro)

Público acima do esperado causa transtorno

No primeiro dia da oitava edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba, no último sábado, a Prefeitura de Santo André estimava o comparecimento de 15 mil pessoas, número superado em 5.000. Somado ao público de domingo, 34 mil estiveram no local. O resultado foi que muitos visitantes ficaram insatisfeitos por terem permanecido horas em filas. Algumas vezes, à toa. A Subprefeitura da Vila, em reunião de avaliação, apontou algumas soluções para evitar os transtornos que vêm aumentando à medida que o festival se torna conhecido fora da região.

Um dos pontos em que o caos ficou mais visível foi na procura pelo ingresso do principal show da abertura, do compositor carioca Seu Jorge. Cerca de 3.000 disputaram uma entrada. A fila dava voltas a partir da Rua Fox, onde a bilheteria fica. Metade conseguiu acesso ao Viradouro. Quem ficou de fora reclamou que ninguém avisou que já não adiantava permanecer em fila.

A subprefeita de Paranapiacaba, Vanessa Valente, explicou que, após as reclamações do primeiro dia, algumas medidas foram tomadas para diminuir os transtornos já no domingo.

"A princípio, o Corpo de Bombeiros fixou o número máximo de pessoas em 1.000 (no Viradouro). Foi aumentando até chegar a 1.400 e por isso fomos liberando os bilhetes aos poucos. Com o público máximo já estipulado, conseguimos dispensar quem chegou depois", afirma. Outra medida foi entregar apenas um ingresso por pessoa. No sábado, era um par.

Outro ponto confuso foi em relação ao estacionamento no Dallanese Park na Rodovia Índio Tibiriçá, a cerca de 5 quilômetros da Parte Alta da Vila. Os motoristas pagam R$ 10 para deixar o carro. De lá, são levados por um serviço gratuito de ônibus. No primeiro fim de semana, a reclamação foi de que a espera era de quase duas horas. Há quem nem tenha conseguido chegar até o local, parando no bloqueio perto das indústrias Solvay. Vanessa explica que o bloqueio é acionado assim que as 1.200 vagas do Dallanese são preenchidas. "É o único espaço que dispomos no momento. Está em estudo outra área, mas apenas para o próximo ano". Segundo a subprefeita, a comunicação no estacionamento também foi agilizada. "O bloqueio é desfeito assim que surgem novas vagas", diz. A demora do transporte, justifica, foi porque alguns motoristas deixaram os veículos na parte alta, dificultando as manobras dos ônibus da empresa contratada e das linhas intermunicipais.

Contrariando algumas reclamações, a subprefeita diz que os 60 banheiros químicos foram suficientes e, aliados aos banheiros públicos, conseguiram dar conta da demanda. "Este ano tivemos um a mais, perto do Museu Castelinho", explicou.

Vanessa também destacou que não houve nenhuma ocorrência policial ou médica e comemora a venda de 850 passaportes para tour pelos equipamentos da vila histórica, candidata a patrimônio da humanidade pela Unesco.




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