O estudo revela que em 2002 o setor de serviços acolhia a maior parte dos trabalhadores no Norte (45,8%), Sudeste (46,4%), Sul (35,6%) e Centro-Oeste (45%). Apenas no Nordeste, este ramo ocupava a segunda posição com 32,7%, perdendo apenas do setor agrícola (36,6%).
A pesquisa constatou também que o trabalho rural ocupa diferentes porcentagens em cada região. Nos Estados nordestinos ele é o primeiro, nos do Sul (24,3%) é o segundo. Já no Sudeste (10,6%), Norte (9,6%) e Centro-Oeste (17,6%), o serviço no campo não abriga grande fatia dos trabalhadores.
Nas regiões Sul e Sudeste ficou nítido que em 2002 as indústrias e o comércio possuíam uma quantidade de mão-de-obra muito equivalente. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiros e Espírito Santos, juntos, empregavam 17,1% dos seus trabalhadores nas empresas e 17,8% nos comércios. Já o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, unidos, colocavam 17,4% na sua população apta para o trabalho no ramo industrial e 15,9% nas lojas.
Nordeste - Em termos de qualidade de vida, a região Nordeste é a que ainda mais sofre no Brasil. O nível de instrução é o mais baixo do país, as mulheres têm mais filhos e os serviços de saneamento básico são os piores.
Na questão salarial, a diferença entre as federações nordestinas e os Estados das outras regiões é gritante. Enquanto no Sudeste o rendimento médio de uma família é de R$ 713, no Nordeste esse valor é de R$ 303.
O presidente do instituto, Eduardo Nunes, disse que são necessários mais investimentos em políticas de habitação, educação e saneamento básico para melhorar a qualidade de vida da população. Nunes destaca que as desigualdades sociais são agravadas pelos altos índices de concentração de renda.
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