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Magistrados querem manutenção dos 60 dias de férias
Da Agência Câmara
24/09/2003 | 08:30
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A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) entregou, na terça-feira, a proposta da categoria à reforma do Judiciário ao presidente da Comissão Especial que estuda o assunto, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). A manutenção dos 60 dias de férias para os magistrados, sem a interrupção dos trabalhos do Poder Judiciário, é uma das propostas.

O presidente da AMB, Cláudio Baldino, explicou que idéia é incluir essas sugestões no esboço elaborado pelo relator, deputado Ibrahim Abi Ackel (PP-MG), para a nova Lei Orgânica da Magistratura. No documento, o deputado propõe a redução das férias dos magistrados para 30 dias — ponto que os juízes não aceitam.

A AMB propõe ainda uma espécie de quarentena de dois anos, prazo em que não poderá ser nomeado para cargo de juiz pessoa que tenha ocupado cargo de confiança em qualquer dos três poderes ou ocupado cargo de conselheiro na OAB. A entidade sugere também que os magistrados, ao se aposentarem, fiquem dois anos sem exercer a atividade de advocacia.

Eleições- A entidade também sugere modificações nos critérios de eleições dos cargos de direção dos tribunais, determinando que os ocupantes de cargos diretos dos órgãos dos tribunais de segundo grau deverão ser eleitos entre seus membros vitalícios. A AMB se posiciona a favor da extinção dos tribunais de Alçada, que tratam de recursos de segunda instância.

Como forma de tornar os trabalhos do Judiciário mais transparentes, a AMB sugere que todas as decisões administrativas dos tribunais sejam amplamente divulgadas, por meio de publicidade.

Arma- A entidade quer ainda que os juízes tenham direito ao porte de armas. No esboço apresentado pelo relator, os juízes perderiam o direito ao porte de armas.

O presidente da AMB, Cláudio Baldino, se colocou à disposição para participar de audiência pública na Comissão Especial. A AMB é a primeira entidade a entregar sugestões à Comissão Especial da Reforma do Judiciário. Cardozo disse que enviou a proposta do relator para todos os tribunais, OAB e Ministério Público. Segundo ele, a reforma do Judiciário precisa ser amplamente debatida, não apenas com os magistrados, mas com todo a sociedade.




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