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Trabalhadores da Volks tentam defender direitos
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
13/12/2007 | 07:01
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Os trabalhadores da Volkswagen em todo o mundo estão preocupados com o fim da Lei Volkswagen, que protege a empresa de interesses de acionistas externos e ainda concede aos empregados pode de decisão dentro da multinacional.

Para os sindicalistas alemães, espanhóis e brasileiros, o fim da lei – em julgamento pela Corte Européia de Justiça – poderia enfraquecer a luta dos metalúrgicos e ainda permitir a precarização e o fechamento de unidades da empresa, já que o voto da categoria tem grande peso nas decisões do conselho fiscal da companhia.

A preocupação aumentou depois que a Porsche decidiu comprar mais ações da Volkswagen na Alemanha e pedir à Justiça o fim da lei, na qual a fabricante de carros esportivos, apesar de ter apenas 30% dos papeis, ser minoria diante da opinião do governo alemão e do estado da Baixa Saxônia – outros acionistas–, que defedem os trabalhadores.

Nesta semana, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC recebeu dirigentes das plantas alemã (matriz) e espanhola para discutirem estratégias.

“A idéia é de uma cooperação mais estreita, pois estão todos na mesma situação e podemos encontrar respostas”, afirma Frank Patta, secretário-geral da IG Metall de Wolfsburg, da Alemanha, cidade onde se localiza a matriz da montadora.

Para o presidente do sindicato da região, José Lopez Feijóo, o fim da lei também ampliaria a prática de “ameaça social” promovida pela empresa, como o fechamento de plantas e demissões, se referindo ao episódio ocorrido na unidade de São Bernardo no ano passado.

“Aparentemente, a lei pode não afetar aqui, mas vai virar referência para eles, um trunfo nas negociações em outros países”, comenta Feijóo.

Do dia 28 de abril a 2 de maio de 2008, os dirigentes sindicais das 44 fábricas da montadora realizarão uma conferência para discutir novas estratégias.

No dia 1º de maio, o sindicato alemão promoverá uma manifestação contra a redução da participação dos trabalhadores no conselho e a precarização das relações de trabalho.




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