Em relaçao à tragédia dos corpos de 58 imigrantes clandestinos de origem asiática descobertos nesta segunda-feira no container de um caminhao holandês no porto de Dover (Gra-Bretanha), um porta-voz da OIM declarou que o tráfico de clandestinos cresce devido às enormes somas de dinheiro que representa e por ser também menos arriscado do que o tráfico de armas ou de drogas.

Baseando-se em diferentes estudos, a OIM estima que a populaçao ``teórica' de clandestinos na Europa varia entre 19 e 38 milhoes de pessoas.

Segundo a especialista Susan Martin, que redigiu a introduçao do informe 2000 da OIM, no mundo existem 150 milhoes de imigrantes. Outro especialista citado, Bimal Ghosh, afirma que a porcentagem de clandestinos em relaçao aos imigrantes é de 1/4 a 1/8.

Estimativas russas para o Leste europeu indicam que existem três milhoes de clandestinos, que residem principalmente no Sul do continente (Itália, Grécia, Espanha e Portugal) e na Alemanha.

Segundo a OIM, que cita cifras do Departamento Nacional britânico de Estatísticas, 16.470 imigrantes ilegais foram recenseados em 1998.

A Rússia, segundo fontes governamentais russas, citadas pela OIM, aparentemente acolhe 500 mil clandestinos procedentes de outros países da ex-URSS, Asia, Africa e Oriente Médio.

Por definiçao, é impossível conhecer com precisao o volume dessa populaçao e seus fluxos, indica a OIM. E isso por diferentes razoes: reticência dos governos em comunicar os dados, ausência de definiçao clara e internacionalmente reconhecida do problema, constataçao de que clandestinos importados por redes podem passar pelas fronteiras com documentos legais, etc.

Outra grande incógnita é a porcentagem de pessoas controladas nas fronteiras em relaçao aos que escapam de qualquer vigilância, enfatiza a OIM.

Geralmente os governos e pesquisadores dao estimativas da populaçao de clandestinos sem especificar a porcentagem dos que sao vítimas do tráfico.