Ex-prefeito de Diadema e ex-deputado federal, José de Filippi Júnior (PT) procurou vereadores do seu partido na cidade para garantir que tentará retomar mandato no Congresso Nacional na eleição do ano que vem.

A ideia conflita com o projeto do vereador Ronaldo Lacerda (PT) de se lançar a deputado federal no pleito de 2018, como vinha trabalhando nos bastidores. Por esse motivo, Filippi se encontrou recentemente com Lacerda para se colocar como pleiteante à Câmara Federal. Ainda assim, segundo petistas ouvidos pelo Diário, o parlamentar manterá sua pré-candidatura.

Ainda segundo relatos de militantes petistas, o projeto de Filippi seria buscar vaga de deputado estadual, mas teria recebido apelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar fortalecer a bancada de parlamentares petistas em Brasília no próximo ano, quando tem pretensões de voltar ao Planalto.

A ideia de Lacerda é sair a federal em dobrada com o atual deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, com base em São Bernardo. A candidatura à reeleição do petista também terá adesão do parlamentar Orlando Vitoriano (PT) e da ex-vereadora Lilian Cabrera (PT), que atualmente trabalha como assistente parlamentar no gabinete de Luiz Fernando.

Petistas de Diadema acreditam que Filippi dificilmente abraçaria uma dobrada oficial. Os nomes do Grande ABC no leque de candidatos à Assembleia Legislativa paulista também contarão com o de Teonílio Barba (PT), ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos, e Luiz Turco (PT), de Santo André.

Ocorre, porém, que Filippi já estaria costurando aliança com o ex-vereador Vaguinho do Conselho (PRB), que asfalta candidatura a estadual. Vaguinho ficou em segundo lugar na disputa pelo Paço de Diadema e foi ao segundo turno contra o prefeito Lauro Michels (PV) no pleito do ano passado – ficou com 21,85% dos votos válidos. Os dois teriam almoçado juntos nesta semana em restaurante da Capital e começado aproximação.

Iniciada depois do primeiro turno da eleição de 2016, quando o PT ficou de fora do segundo turno na cidade, a união, porém, pode render ciumeira dentro petismo, que vê chances de a sigla fortalecer o republicano para a eleição de 2020, em detrimento dos próprios correligionários.