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Comércio da região eleva previsão de vendas de brinquedos
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
09/07/2005 | 09:55
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Na carona do otimismo da indústria regional de brinquedos, o comércio do setor no Grande ABC elevou as previsões de faturamento neste ano. Para o período de maior procura – férias escolares, Dia das Crianças e Natal –, a projeção inicial de 8% a 10%, feita no começo do ano, deu lugar à aposta de aumento de 15% na comparação com 2004.

Lojas especializadas refizeram para cima as estimativas de vendas para o segundo semestre por dois motivos principais: desvalorização da moeda americana – que cota os preços dos importados e parte das matérias-primas – e o acirramento da concorrência entre fabricantes estrangeiros e nacionais, fator que derrubou o valor de muitos produtos no varejo.

Na avaliação do presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa, para não amargar queda no faturamento, as maiores empresas do mercado de brinquedos no país adotaram estratégia ousada – decidiram aumentar a produção e reduzir o preço às lojas. "Os fabricantes achataram as margens de lucro na expectativa de ganhar na quantidade. Chegaram a conclusão que lucrar na quantidade pode ser uma alternativa melhor que correr o risco de perder", diz.

Além da conjuntura econômica favorável ao comércio de brinquedos, o setor se apóia em novas estratégias comerciais para elevar as vendas e o faturamento. Linhas baseadas em personagens de cinema e temas de filmes – jogos e bonecos inspirados em fitas atuais, como Batman Begins, Madagascar e Quarteto Fantástico – são a grande estratégia para seduzir mais consumidores neste ano.

"Para as crianças, o preço não importa. Eles querem, e pronto. Nesse caso, precisamos oferecer brinquedos que se identifiquem com eles. Jogos e brinquedos 'temáticos' sempre estimulam a procura e ajudam a impulsionar as vendas", diz Mônica Siqueira, gerente da PB Kids, no Shopping ABC, em Santo André. "No caso dos adultos, o grande atrativo vai ser o preço", acrescenta.

Mônica afirma que os produtos que não tiveram os preços reduzidos, pelo menos, se mantiveram com os valores estáveis em relação ao ano passado. "Os mais tradicionais, como bonecas da Barbie e carrinhos de controle remoto, não estão mais baratos, mas ganharam em variedade", completa a gerente, que afirma que a PB Kids reforçou o estoque para dar conta do aguardado aumento de 15% na demanda.

A rede de lojas de brinquedos Ri Happy também espera crescer 15% em vendas e faturamento neste ano. A empresa atribui boa parte dessa expectativa de expansão ao investimento em novos produtos, além das linhas infantis de produtos escolares.

A aposta da Ri Happy está alicerçada, em especial, na venda de cheques-brinquedo – benefício institucional oferecido pela empresa em parceria com a Sodexho. A loja do Grande ABC, no ABC Plaza, em Santo André, firmou convênio com a Ford e a Coca-Cola, para vender os 4 mil itens da loja com desconto aos funcionários.

A gerente da Preçolândia no ABC Shopping, Edileide de Souza, estima que o comércio do setor vai ter um dos maiores volumes de venda da história. Isso porque, segundo ela, fabricantes nacionais reduziram o preço em até 30% – caso dos produtos Estrela – a fim de manter a vantagem frente aos brinquedos importados, principalmente sobre os da americana Mattel.

"Crescimento em vendas já é uma realidade. Estamos vendendo muito em praticamente todas as categorias de brinquedos, de importados a nacionais, independentemente do preço", avalia Edileide.




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