Como presidente de uma associação de classe, não posso deixar de comemorar os ganhos para nosso setor
Como presidente de uma associação de classe, não posso deixar de comemorar os ganhos para nosso setor e para nosso País, que temos alcançado em virtude de nosso espírito associativista. Desde 1998 estou à frente da presidência executiva da Anamaco, Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, entidade sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as demais entidades, fabricantes e comerciantes do setor.
Fundada em dezembro de 1984, a Anamaco desenvolve ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. Também promovemos discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc. Hoje a entidade representa as 138 mil lojas de materiais de construção existentes no Brasil.
ASSOCIATIVISMO HISTÓRICO
Há exatos 43 anos, um grupo de empresários do setor fundou a ACMCC (Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Campinas), com o objetivo de canalizar discussões e servir de mecanismo para a troca de experiências entre seus membros.
Desde o início, sempre foi exigido que não fosse explorada simplesmente a conotação classista. Se nos fundamentássemos somente nos interesses da classe, perderíamos a nossa sustentação, pois o número de comerciantes envolvidos na criação da associação era muito restrito e poucos acreditavam no intento de lealdade e de companheirismo.
A ACMCC foi a primeira entidade do gênero no Brasil. Havia outras muito segmentadas, porém a Associação de Campinas foi pioneira em nível nacional. Com sua fundação, os comerciantes perceberam que há muito sentiam a necessidade de discutirem os seus problemas, com o apoio de um órgão aglutinador que, de maneira coesa, os auxiliasse a resolvê-los.
ENTIDADE NACIONAL
Em 1971, já havia um esboço da idéia de uma entidade nacional, com o surgimento de outras associações regionais. O intuito de José Olavo Nogueira, fundador da associação, era proporcionar encontros para a troca de ideias entre as entidades existentes. A partir disso, surgiu um calendário para essas reuniões, a fim de que os empresários pudessem discutir seus problemas comuns.
Em 2 de dezembro de 1984, algumas associações, dentre as quais a ACMCC e as Associações de Comerciantes de Material de Construção de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul realizaram, em Porto Alegre (RS), a II Convenção Anual de Comerciantes de Material de Construção que fundou a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção).
Entre os anos de 1984 e 1986, o então presidente da Anamaco, José Olavo Nogueira, passou a visitar as entidades regionais e a manter um contato próximo, estreitando os laços de confiança e fazendo a Anamaco presente. A associação foi criada com o propósito de discutir tudo o que se refere a problemas do setor de forma clara e transparente, servindo de fórum mediador para os debates dos revendedores. A entidade oferecia uma proteção profissional sob a qual as revendas do país teriam maior força nas negociações junto às indústrias fornecedoras e, principalmente, junto aos órgãos do governo no momento de uma reivindicação.
O PLANO CRUZADO E O ESFORÇO ASSOCIATIVISTA
Durante a gestão de José Olavo Nogueira à frente da Anamaco, houve uma mobilização setorial diante de medidas adotadas por um órgão fiscalizador da economia que interferia diretamente no comércio varejista de Material de Construção. Este órgão, a SUNAB (Superintendência Nacional de Abastecimento), fazia uma pressão sobre os lojistas na fiscalização até excessiva dos preços praticados, inviabilizando, muitas vezes, os pequenos e médios comerciantes. Diante disso, a Anamaco reuniu-se novamente e formalizou um pedido ao então superintendente do órgão, com várias reivindicações dos lojistas. Cerca de 26 empresários do setor assinaram a Carta da Anamaco, entregue a estes representantes do Governo Federal. O documento alertava para as conseqüências imediatas que tamanha fiscalização acarretava.
Conseqüências danosas, segundo José Olavo Nogueira, e desnecessárias, já que os lojistas estavam atentos às normas estabelecidas pelo próprio governo. Essa foi uma das maiores vitórias para a entidade na época.
Hoje, outras ações já foram e estão sendo realizadas. Procuramos sempre conversar com o Governo e reivindicar medidas para ajudar o setor e o Brasil. No final das contas, quem ganha com isso somos todos nós. O associativismo deve estar presente em todos os setores, como força motora da nação.
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