Em discurso, Zemin transmitiu ao povo brasileiro o "alto apreço e os melhores votos do povo chinês". "Ao longo dos 27 anos de estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Brasil, sobretudo depois de um consenso sobre uma associação estratégica, a cooperação bilateral registrou resultados expressivos em todas as áreas", afirmou o presidente, desta vez em nota divulgada ao desembarcar na capital brasileira.
"Compartilhamos a mesma responsabilidade histórica e uma boa base de cooperação no que diz respeito à manutenção da paz mundial e à promoção do progresso conjunto", assegura Jiang.
Na qualidade de maiores países em desenvolvimento do hemisfério oriental e ocidental, Brasil e China têm pela frente tarefas para "desenvolver a economia, enriquecer o povo e fortalecer o país", disse.
Fernando Henrique, em discurso, destacou a importância da aproximação entre os dois países e também lembrou que as negociações precisam sofrer incremento para atender as demandas de melhoras em suas economias.
OMC — Em discurso no Palácio da Alvorada, Fernando Henrique afirmou que espera uma aproximação da China da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele considera a entrada da China na OMC “um ganho para a economia mundial”. Para o presidente, o fato pode acelerar a entrada em vigor dos entendimentos firmados entre o Brasil e aquele país, como a diminuição de tarifas para exportação da soja brasileira.
O presidente brasileiro ressaltou também que as trocas comerciais entre os dois países já são expressivas, mas precisam sofrer incremento para atender as demandas de melhoras em suas economias.
A troca de informações tecnológicas também teve destaque no discurso de FHC, pois teria o poder de ampliar as vantagens comerciais do Brasil com os países asiáticos. "Mas a parceria entre Brasil e China não está limitada a esses interesses. Projeta-se sobre um amplo espectro de temas políticos no plano internacional. Temas indispensáveis para que nossas sociedades sejam mais justas e nossos povos, mais felizes", ressaltou o presidente.
Segundo Fernando Henrique, o aprofundamento dos vínculos econômicos no plano internacional aliados a maior facilidade de comunicação e transporte irão contribuir para a troca de informações no âmbito internacional.
EUA — Durante a conversa particular que teve com Zemin, FHC falou sobre o telefonema que recebeu do presidente americano George W.Bush, na noite desta terça, requisitando a ajuda do brasileiro para pôr fim à prisão dos tripulantes norte-americanos. O “jeitinho brasileiro”, no entanto, não foi necessário, já que pela manhã os Estados Unidos pediram desculpas à China. O país do Oriente, por sua vez, também polidamente, resolveu libertar os norte-americanos.
Com informações da Agência Brasil.
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