Ao afirmar que ``a mae de todas as batalhas', nome com o qual batizou a Guerra do Golfo (janeiro-fevereiro de 1991) continua, prometeu que ``no final do combate, dure o tempo que durar, veremos o Iraque no mais alto de sua glória'.
``Os malvados nao terao outra opçao a nao ser resignar-se a esta realidade, terao de ajoelhar-se ante Deus, implorar seu perdao pelos crimes que cometeram contra o povo do Iraque e suplicar que esse povo aceite perdoá-los'.
``Sejam quais forem os meios utilizados, sejam quais forem os subterfúgios dos órgaos internacionais, os iraquianos nao se renderao', adiantou o presidente, usando um terno escuro ante uma mesa decorada com flores brancas.
Prometendo a seu povo ``um final feliz que está próximo', Hussein pediu aos iraquianos que ``nao se deixem seduzir pelas coisas triviais', em uma exortaçao à austeridade.
``Sei que vocês já fizeram sacrifícios demais, mas é preciso continuar a marcha, evitar a compra de roupas, alimentos ou qualquer outra coisa que nao seja absolutamente necessária'.
Saddam Hussein nao fez nenhuma referência à resoluçao 1.284 do Conselho de Segurança, aprovada no dia 17 de dezembro passado e que foi fortemente criticada no Iraque, que, entretanto, nao chegou a rejeitá-la. A resoluçao prevê uma suspensao das sançoes por um período de 120 dias se o Iraque cooperar com os inspetores internacionais de desarmamento.
O discurso foi proferido enquanto cerca de 5 mil manifestantes iraquianos se concentravam no centro de Bagdá, amaldiçoando os Estados Unidos e a Gra-Bretanha e solicitando o levantamento do embargo.
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