No entanto, outras informaçoes dao conta de que o sétimo e o oitavo compartimentos do submarino ainda nao foram abertos e podem nao estar invadidos pela água. As possibilidades de que isso tenha acontecido, no entanto, sao mínimas.
Segundo a imprensa internacional, a cena encontrada dentro do submarino pode ser comparada a um filme de terror.
Com a confirmaçao da morte de todos os tripulantes que estavam a bordo, a Noruega e a Inglaterra anunciaram sua retirada da operaçao, pois estavam "atrás de vivos e nao mortos". As autoridades russas, no entanto, pediram aos noruegueses que continuassem ajudando e o país decidiu aceitar.
A tarefa de resgatar os corpos da tripulaçao do Kursk deve durar pelo menos um mês, declarou nesta segunda-feira o porta-voz da Frota do Norte, Vladimir Navrotsky.
Há informaçoes de que o presidente russo Vladimir Putin foi informado sobre a morte de todos os tripulantes no dia 12 de agosto, horas depois do acidente. A informaçao teria sido dada por um alto funcionário russo que nao quis se identificar.
Os mergulhadores suspenderam suas operaçoes na noite de segunda (horário local), anunciou o porta-voz da Frota russa do Norte, Vladimir Navrotski. "As operaçoes terminaram por hoje (segunda). Os trabalhadores voltaram a superfície", segundo o porta-voz.
Os mergulhadores, que utilizam robôs para as tarefas, nao conseguiram tirar o corpo de um marinheiro da nave, esclareceu.
"Nao estamos 100% certos de que se trate de um corpo", advertiu o porta-voz. "Os corpos somente poderao ser retirados do submarino quando este possa ser levado a uma profundidade de entre 40 e 50 metros", explicou o porta-voz, acrescentando que essa operaçao aconteceria no contexto de uma "cooperaçao internacional" que levaria pelo menos um mês.
Destroços - Restos que poderiam pertencer à rampa de proteçao da ponte de um submarino, provavelmente britânico, foram encontrados a 330 metros do submarino russo 'Kursk', informaram nesta segunda-feira fontes militares russas citadas pela agência Interfax.
No último sábado, o chefe de Estado-Maior da Frota do Norte, o vice-almirante Mikhail Motsak, tinha evocado a possibilidade de uma colisao do 'Kursk' com um submarino britânico que fazia operaçoes de espionagem na área do acidente, no mar de Barents (Norte da Rússia). "Nao excluímos a possibilidade de um choque com um submarino estrangeiro encarregado de espionar. Poderia se tratar de um submarino britânico, já que o local do acidente é também uma regiao onde a Gra-Bretanha realiza habitualmente tarefas de espionagem", confirmou o vice-almirante.
A primeira hipótese sobre as causas do acidente do submarino nuclear, que deixou 118 mortos, é a de choque com um submarino estrangeiro, "muito provavelmente britânico", confirmaram as fontes militares citadas pela agência Interfax. "De qualquer forma, ainda é muito cedo para se tirar conclusoes, devemos esperar um exame minucioso dos restos, que poderiam estar há muito tempo no fundo do mar de Barents", segundo esta fonte.
No entanto, o ministério britânico de Defesa "desmentiu categoricamente" que esses restos possam pertencer a um submarino britânico. Londres negou que um submarino britânico possa ser a causa da catástrofe e garantiu que nenhum submergível da Marinha Real se encontrava na regiao de Barents no momento do acidente.
O jornal russo Segodnia, citando fontes do Estado-maior da Frota do Norte, assegurou no sábado que o Kursk havia se chocado com um submarino britânico que "ficou no fundo do mar durante 24 horas e, após reparar pequenos danos, rumou para a Noruega". A mesma publicaçao deu na ediçao desta segunda novos detalhes sobre o possível choque. O submarino estrangeiro também pode ter sofrido inundaçoes, mas com seu sistema elétrico intacto e seu reator em marcha, pôde ser controlado, e a tripulaçao conseguiu fechar os vazamentos d água. Pedaços desse submarino devem estar com certeza próximos ao Kursk, garantiu o Segodnia.
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