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J6 busca resgatar minivan
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/08/2011 | 07:00
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Divulgação


Com a estreia da minivan JAC J6, a marca chinesa vai ter um termômetro do quanto pode crescer no mercado brasileiro. Nas palavras do seu presidente, Sergio Habib, a hora é de aproveitar as oportunidades. Habilidoso que é, o executivo sabe do que está falando.

Com versões para cinco e sete ocupantes, a JAC J6 chega num instante em que o segmento (de sete lugares) está sem fortes competidores. Chevrolet Zafira está desatualizada e Citroën Grand C4 Picasso custa mais de R$ 90 mil. O que mais deverá preocupar a chinesa é o Nissan Grand Livina.

Já entre os monovolumes que levam cinco pessoas há fortes concorrentes, como Honda Fit, Fiat Idea, Chevrolet Meriva e o próprio Livina.

Com preços fixos de R$ 58,9 mil (cinco assentos) e R$ 59,9 mil (versão Diamond, de sete lugares) - "e nada mais", como prega o garoto-propaganda Fausto Silva -, o modelo buscará ser uma das referências e incrementar o segmento.

Mesmo com bom volume de vendas do compacto JAC J3, o desafio da marca continua sendo provar suas qualidades, independentemente de sua origem chinesa. Ainda mais agora, que a JAC vai disputar um consumidor mais exigente.

No primeiro contato, a J6 até que convence. O acabamento não é um primor, mas está quase no mesmo nível do que os veículos nacionais oferecem. Sem dúvida, sua atratividade está na boa gama de equipamentos de fábrica.

Entre os itens de série, destaque para air bag duplo frontal, freios ABS com EBD, ar-condicionado digital, CD player com MP3, controle de áudio e computador de bordo no volante, rodas de liga leve aro 16 (aro 17 opcional), mais de 125 configurações nos assentos, além do trio elétrico.

Como toda proposta de minivan, a J6 também oferece bastante espaço. Na versão com cinco assentos, o porta-malas tem capacidade para 720 litros. Com o rebatimentos de bancos, inclusive na Diamond de sete lugares, o espaço pode chegar a 2.200 litros.

Como veículo que tem foco nas famílias, a minivan precisa de motor com força. O propulsor é 2.0 16V com torque de 19,1 mkgf a 4.000 rpm e 130 cv de potência a 4.000 rpm.

No primeiro test drive, a manobrabilidade agradou. Os engates do câmbio estão bem ajustados, embora as retomadas sejam um tanto lentas. Faz falta uma caixa automática, que, por enquanto, o modelo não oferece.

 

Adaptações no motor

 

Como empresa que estabeleceu parcerias, o design da JAC J6 foi realizado pelo estúdio Pininfarina. As linhas são bem agradáveis, com a área envidraçada compondo uma boa silhueta por todos os ângulos em que se olha o veículo.

Embora o painel seja grande e ocupe um bom pedaço do habitáculo, o raio de visão é bom. O motorista tem boa posição de dirigir. O banco possui regulagens de altura e lombar, ampliando o conforto.

Para se adaptarem às condições brasileiras, motor e câmbio tiveram de passar por muitas mudanças. O propulsor que equipa o modelo vendido no Brasil não é o mesmo oferecido ao consumidor chinês.

O presidente da JAC, Sergio Habib, prevê vender entre 1.000 e 1.500 unidades por mês. Em seu planejamento, o mix de vendas será de 70% para a versão de sete lugares.




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