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Indústria espera que corte do IPI seja mantido
06/12/2012 | 08:59
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Arquivo/DGABC


O fraco desempenho da economia no terceiro trimestre e a queda das vendas de veículos em novembro, de 8,74% ante outubro, acendeu a luz vermelha das fabricantes e do governo. As duas partes vão se reunir nos próximos dias para avaliar a manutenção do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para acabar dia 31.

 

Segundo fontes do setor, o governo está propenso a manter o benefício, ainda que enfrente pressão de Estados e municípios que perderam parte do repasse desse imposto. No curtíssimo prazo, o governo também tenta garantir vendas robustas neste mês, para evitar vexame ainda maior no resultado do PIB. Analistas já preveem crescimento abaixo de 1,2% para o ano.

 

O plano anunciado na quarta-feira (05) pelo Banco do Brasil, de carência de seis meses para início do pagamento das prestações do carro, faz parte da série de medidas de curto prazo que devem ser adotadas em vários setores.

 

"É uma medida de curto prazo justamente porque é um risco", diz o presidente do Conselho da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti. "Vejo com preocupação porque há muitas medidas pontuais, mas não há plano consolidado para se buscar um crescimento sustentável da economia que passaria, por exemplo, por mudanças no sistema tributário, que é irracional."

 

Sobre a manutenção do IPI menor, um executivo diz que o "governo precisa de um setor com crescimento mais forte para puxar a economia, e ninguém melhor do que a indústria automobilística para ajudar nessa tarefa". O IPI caiu de 7% para zero para carros nacionais 1.0 e de 11% e 13% para 5,5% e 6,5% para aqueles com motores até 2.0.

 

O presidente da Ford Brasil, Steven Armstrong, espera um crescimento de 2% a 4% para o mercado de veículos em 2013, mas o desempenho vai depender do cenário macroeconômico, das taxas de juros e da continuidade ou não do IPI menor. "Esperamos que os estímulos ao consumo continuem", diz ele. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.




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