O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que não apoiará a presidente Dilma Rousseff (PT) na busca pela reeleição, em outubro. Embora o PDT tenha sinalizado que estará ao lado da petista, Cristovam garantiu presença no palanque do ex-governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos.

Em entrevista exclusiva ao Diário, o senador defendeu a alternância de poder e criticou as denúncias de corrupção na Petrobras. Para ele, “é ruim um mesmo partido no poder por muito tempo”. O PT está há 11 anos à frente do governo federal, mesmo período em que os pedetistas integram a sustentação – o partido tem hoje o Ministério do Trabalho.

“Não apoiarei a Dilma. Hoje eu estou com o Eduardo (Campos), pois acho que poderá haver uma renovação. Muito tempo no poder vicia e acaba acontecendo essas coisas como o caso da Petrobras. A democracia só se faz se a gente tiver alternância no poder”, declarou o senador, que foi ministro da Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre 2003 e 2004.

Cristovam esteve recentemente em São Caetano, onde citou a federalização do ensino básico como solução para a Educação. “Nós estamos viciados em falar em investimento. Mas o que é preciso fazer, a princípio, é criar um Ministério da Educação de Base. Formular uma carreira nacional do magistério e começar a adotar todas as escolas de todas as cidades do Brasil, e mantê-las com recursos federais”, frisou. O pedetista disse que chegou a convencer Lula de adotar o sistema educacional de base, mas que o petista foi convencido pelas universidades a desistir.

Cristovam ainda disparou contra a Copa no Brasil. “Sempre fui contra trazer a Copa para cá. Se era para trazer o mundial, que o fizesse em 2022, quando comemoraríamos o segundo centenário da Independência do País”, sugeriu.