O laudo complementar conclusivo sobre a morte do médico-legista Carlos Alberto Delmonte Printes, ocorrida no dia 12 de outubro do ano passado, não deixa dúvidas e prova que ele cometeu suicídio ingerindo três substâncias simultaneamente. O delegado José Antônio Nascimento, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), e dois médicos-legistas apresentaram na sexta-feira o laudo. “Delmonte vinha apresentando um quadro de pneumonia e sabia o que aqueles medicamentos fariam com seu organismo”, disse Nascimento. Os especialistas do IML (Instituto Médico Legal) consideraram que a medicação desencadeou a morte de Delmonte. A combinação de lidocaína (um anestésico local), Dormonid (sonífero) e propalonol (para doenças cardíacas) tiraram sua consciência, impossibilitando-o de expelir a secreção mucosa própria de quem apresenta quadro de pneumonia, o que causou asfixia.
Delmonte tinha 55 anos e foi encontrado morto em seu escritório, na Rua Girassol, na Vila Mariana, em São Paulo. Ele estava no chão e não havia nenhum sinal de luta. Seus móveis estavam intactos e nenhuma lesão em seu corpo foi encontrada. O médico foi responsável pelo laudo que apontou evidências de tortura no prefeito de Santo André Celso Daniel, morto em janeiro de 2002.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.