A Transportes Grecco, de Mauá, cresceu 330% em faturamento nos últimos cinco anos por conta da diversificação da atividade no setor de logística. Dois anos depois de expandir a área de atuação para armazenagem e distribuição de cargas fracionadas das indústrias petroquímicas do Grande ABC, a perspectiva atual da empresa é ampliar as vendas em 40% neste ano e saltar da receita anual de R$ 24 milhões para R$ 33,6 milhões em 2005.

Fundada há 38 anos no município, a companhia operava inicialmente apenas em transporte de cargas fechadas. Um dos focos principais era o atendimento a empresas de vidros automotivos, como a Saint-Gobain Sekurit. Com o desenvolvimento do Pólo Petroquímico de Capuava, a Grecco ampliou o leque de clientes e se especializou também no transporte de produtos químicos.

No final de 2002, a empresa se transferiu de imóvel no centro de Mauá para amplo espaço alugado na avenida João Ramalho, com 50 mil m² de galpões, que permitiu à empresa ingressar na atividade de armazenagem. Dessa forma, começou a estocar produtos petroquímicos para clientes de peso do Pólo, como Polietilenos União e Petroquímica União, e deu salto significativo nas vendas anuais, de R$ 6,9 milhões em 2002 para R$ 12,3 milhões em 2003.

Há um ano, a Grecco adotou os serviços de transporte fracionado de produtos químicos. "Depois que abrimos o armazém, o estoque era feito por nós, mas a distribuição ficava a cargo de outras empesas. Procuramos nos qualificar para atender às necessidades dos clientes", disse o diretor financeiro, José Carlos Tonellotti Grecco.

Para os serviços de transporte de carga fracionada, a transportadora adotou rotas diárias – independentemente de o caminhão sair lotado ou não – para os clientes das indústrias Polietilenos União, PQU, Arinos, Agecom e Resitec. Por conta da diversificação, implantou mais um turno de trabalho, o que contribuiu para a ampliação em 50% no número de funcionários no ano passado. Atualmente são 137 empregados. Além disso, a transportadora adquiriu sistemas de gestão para ter melhor controle sobre a operação e ganhar agilidade e flexibilidade nas entradas e saídas do material transportado.

Para 2005, a companhia prevê investir 30% do faturamento anual em ampliação da frota – são hoje 180 caminhões próprios e 120 de terceiros, todos com sistemas de rastreamento via satélite e de gerenciamento de risco –, modernização dos sistemas, treinamento de pessoal e na abertura de mais duas filiais. Além dos armazéns e da sede em Mauá, a transportadora tem unidades em Camaçari (BA), Santos (SP).