Política Titulo Dez dias
S.Bernardo barra aditivo a Piscinão do Paço
Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
14/03/2017 | 07:00
Compartilhar notícia


O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), deu prazo de dez dias para que o Consórcio Centro Seco (formado pela OAS e Serveng Civilsan) apresente um plano de conclusão para as obras do Piscinão do Paço e demais intervenções do Projeto Drenar.

O chefe do Executivo comunicou que a Prefeitura não vai liberar mais recursos para as ações, que terão que ser concluídas com os valores já repassados.

“Pedimos para que o consórcio apresente uma proposta de finalização da obra dentro do que já foi pago. Não daremos outro aditivo ao contrato e isso ficou claro na reunião que tivemos. Vamos aguardar o prazo de dez dias para uma resposta”, afirmou.

Calculadas inicialmente em R$ 295,8 milhões, as obras na região central de São Bernardo tiveram início em dezembro de 2013 e já chegam ao valor de R$ 319 milhões, após um aditivo aprovado em setembro de 2016.

O impasse colocado está no fato de o contrato exigir mais R$ 111 milhões em investimentos por parte da Prefeitura e R$ 35 milhões por parte do Ministério das Cidades, uma vez que a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O Consórcio Centro Seco já oficializou pedido de aditivo de R$ 34 milhões ao volume de repasses, o que foi negado tanto pela Prefeitura quanto pelo ministério.

Até o momento foram colocados recursos de R$ 185 milhões nas intervenções, que ainda não têm prazo para terminar. A previsão inicial era a de que as obras do piscinão fossem entregues até o fim do ano passado.

Sobre o andamento das intervenções, o prefeito acredita que os serviços estão “em um ritmo mais lento do que o desejado”. A execução, de acordo com o Paço, está perto dos 60%.

Morando apontou também que a gestão anterior, do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), havia pago R$ 20 milhões ao consórcio sem justificar o repasse em contrato.

“Vamos pedir um parecer da procuradoria do município para saber qual a instrução sobre o assunto. Não me cabe nenhum julgamento, mas o que está claro é que esse recurso deveria ter sido estornado ao Tesouro municipal com a assinatura do novo aditivo. A ideia é abater esse valor da contrapartida que o município tem que pagar no contrato”, argumentou o tucano.

As informações sobre a situação do contrato foram apresentadas em uma reunião que contou com representantes do Ministério das Cidades, da Caixa Econômica Federal, dos responsáveis das empresas do Consórcio Centro Seco e do vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos, Marcelo Lima (SD).

As obras foram marcadas, desde o início, por paralisações e cortes na quantidade de trabalhadores. O Diário relatou a demissão de pelo menos 350 funcionários ao longo da execução dos serviços.

De acordo com o projeto original, o Piscinão do Paço terá capacidade de armazenar até 220 milhões de litros e será interligado com galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti. O objetivo é acabar com as enchentes no Centro da cidade. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;