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Valor de itens natalinos tende a baixar próximo da data
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
25/11/2011 | 07:25
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A exatamente um mês do Natal, engana-se quem pensa que, até lá, os preços de alimentícios natalinos vão ficar mais caros. Pesquisas realizadas pelo portal Pesquise Já, que monitora pontos de venda no atacado e varejo, mostraram que a tendência é que haja guerra de preços entre esses dois tipos de pontos até o fim do ano - com crescente vantagem para o bolso do consumidor que optar pelas compras na véspera de Natal, já que os valores tendem a baixar.

Apesar de as compras em largas quantidades serem economicamente mais vantajosas em atacados, a dica do sócio do portal, Fernando Menezes, é que o consumidor fique atento aos tabloides de varejistas, que destacam os produtos com os preços mais em conta (muitas vezes até mais baratos que no atacado). Se a escolha for pelo atacado, a dica é enfrentar as longas filas entre os dias 17 e 23 de dezembro - período de ápice na diferença de valores entre os dois pontos.

No levantamento feito entre os dias 18 e 25 de outubro, a vantagem no atacado ficava em 1,4% sobre o varejo. O percentual significava, então, economia de R$ 20,77. Hoje, o número aumentou para 11,3% (veja a arte ao lado), economia de R$ 71,15. A explicação é que, por se tratar de produtos sazonais - como frutas secas e frescas (figo, pêssego), nozes, peru, salmão, panetones - grandes atacadistas começam a reduzir seus valores com a chegada da data para evitar estoques, pois o consumidor deixa de comprá-los em janeiro, o que significaria prejuízo.

"Quando chega em dezembro há guerra de concorrência para valer. Acredito que essa vantagem vá se alargar para 10% no mês que vem, pois o atacadista reduz sua margem para evitar estocagem", afirma Menezes.

O consultor em finanças pessoais Mauro Calil afirma ainda que se a opção for comprar no atacado, a melhor escolha é rachar as despesas com a família ou amigos. "Até porque são produtos que, se comprados aos montes, fará com que se coma panetone, por exemplo, até março."

Calil acrescenta que evitar o impulso nas compras é melhor para o bolso, além de não desperdiçar produtos que muitas vezes não são consumidos até a data. "O cliente pode comprar duas super aves, ao invés de um peru, no mesmo preço, por exemplo, que dá para duas famílias", exemplifica Calil, que vê no planejamento dos gastos o melhor caminho para evitar desembolsar demais no Natal. "Já que, de qualquer forma, é um período onde as finanças ficam mais apertadas", diz ele.

 




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