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Câmara de Diadema vai ganhar elevador panorâmico
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
23/12/2002 | 20:38
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Diadema começou domingo a reforma do prédio da Câmara, obra que custará R$ 809 mil aos cofres públicos. O imóvel, situado na rua Antônio Piranga, no Centro, tem apenas três andares e contará até com elevadores panorâmicos. A reforma ainda inclui troca do piso, pintura interna e também da fachada e conserto de estruturas danificadas. O prédio do Legislativo foi comprado neste ano, por R$ 2,208 milhões. Levando-se em consideração a reforma, o imóvel custará pouco mais de R$ 3 milhões.

O vereador Orlando Anníbal (PL) disse considerar os valores “absurdos”. “Esse prédio não tem estacionamento, o plenário é cheio de vigas. O prédio parece um depósito”, criticou o liberal.

O presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), ficou irritado com a crítica e disse que a Câmara obedeceu todas as normas da licitação pública. Segundo ele, os elevadores serão panorâmicos porque, para que fossem instalados internamente, seria necessário mexer na estrutura do prédio. “Não é por frescura e nem por beleza que os elevadores panorâmicos serão instalados. É um problema estrutural”, disse.

Maninho acrescentou que os elevadores se tornaram uma necessidade porque o acesso de deficientes e idosos à Casa é dificultado, devido à grande quantidade de escadas.

O vereador Alexandre Rodrigues, o Professor Alexandre (PDT), não concorda com a instalação. Para o pedetista, poderiam ser construídas rampas de acesso ou criar uma sala de atendimento em uma das entradas da Câmara que encontra-se fechada por medida de segurança. “Se fossem dez andares, eu concordaria com a colocação de elevadores, mas três pavimentos é muito pouco. A Câmara poderia pegar esse dinheiro da reforma e devolver à Prefeitura, para que fosse investido em projetos sociais”, afirmou Alexandre.

O presidente da Câmara criticou os dois parlamentares pela postura adotada diante da reforma. “Os vereadores que criticam a reforma não estão preocupados com a participação popular. É preciso perguntar à população o que ela acha. A opinião popular é a que me interessa”, disse.

Milton Capel, líder do PL, afirmou que tem vereador que só sabe criticar, e citou como exemplo o companheiro de bancada, Orlando Anníbal. “É preciso observar também se são coisas boas.”

Carlos Caviúna (sem partido) também saiu em defesa da reforma e afirmou que as exigências legais foram todas cumpridas. Ele ainda disse que, quando o prédio foi comprado, houve questionamento na Justiça e a constatação é de que a Câmara pagou R$ 132 mil a menos pelo prédio.




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