Sena teria ameaçado Corrêa e participado de reunião no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo que planejou a morte do sindicalista. Sob acusação no mesmo crime, a Justiça já decretou a prisão preventiva de Edivaldo Santiago, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores, que ainda responde por formação de quadrilha e crime contra as relações de trabalho. O atual presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Guarulhos, Antonildo Gonçalves da Silva, e um ex-secretário da entidade, Antonio Fernandes de Souza, foram presos nesta sexta também pelo assassinato.

O Ministério Público suspeita que Souza participou do crime junto com Severino Teotônio do Nascimento, que está preso Centro de Detenção Provisória de Guarulhos. Desde sua prisão, Teotônio recebe R$ 800 por mês do Sindicato dos Motoristas e Cobradores, segundo documentos encontrados pela força-tarefa de promotores e delegados federais que investiga também acusações de corrupção.

“Os recibos são provas contundentes de que Edvaldo pagava para Teotônio um 'cala boca', para que ele nada falasse sobre o assassinato” afirmou o promotor José Carlos Blat, em entrevista ao SPTV, da TV Globo. Testemunhas afirmaram aos promotores que Corrêa foi morto por se recusar a trocar de central sindical.

Outras acusações - Sena ainda é acusado de enriquecimento ilícito e desvio de verbas do sindicato. Ele mora em um apartamento avaliado entre R$ 500 mil e R$ 580 mil na Vila Mariana, zona Sul da capital, de acordo com o telejornal. Na escritura do apartamento, porém, consta que o imóvel foi comprado por R$ 265 mil. Ele ainda é dono de uma fazenda em Itapetininga, na região de Sorocaba, comprada por R$ 900. Sena era motorista de ônibus antes de se tornar presidente do sindicato.