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Montadora, como todo o setor, está otimista
Daniel Trielli
Enviado ao Rio
08/07/2007 | 07:10
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A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revê as previsões de vendas para cima e estima que vai chegar a 2,35 milhões de veículos. A Ford aplica R$ 300 milhões para fabricar um novo carro em São Bernardo no ano que vem e analisa aumentar a capacidade do turno de trabalho. Como anunciou o Diário na última quarta-feira, nunca se vendeu tanto carro no Brasil como agora.

“Pela primeira vez em 10 anos o mercado está crescendo em todos setores”, disse Sérgio Habib, diretor geral da Citroën Brasil.

A Citroën já tem grandes esperanças para o futuro: Habib disse que a marca deve chegar em 2012 com 150 mil carros vendidos. Isso vai ser impulsionado pelas novidades programadas pela montadora. “Vamos lançar um modelo totalmente novo por ano até 2012.”

Hoje com 6% do mercado brasileiro, a Citroën se posiciona como a quinta maior montadora do País e a número um entre as newcomers – fabricantes que chegaram a menos tempo no Brasil.

Por enquanto, a grande aposta da francesa é o C4 Pallas, lançado oficialmente na última quinta-feira, no Rio de Janeiro. A expectativa é que sejam vendidos entre 2 mil e 2,5 mil C4 Pallas por mês – cada um a um preço que varia entre R$ 64.990 e R$ 80.990, dependendo do modelo.

O C4 Pallas é feito na Argentina, mas a indústria do Brasil também se aproveitaria do sucesso – das peças do veículo, um terço é nacional, outro é argentino e o outro terço vem da Europa.

Motivos - Habib explicou que são vários fatores que impulsionam as vendas de veículos no País. Em primeiro lugar, ele disse que o preço dos carros não está subindo, mas os ganhos da população, sim. “A renda sobe e o preço dos carros não. Por si só, isso já aumenta as vendas.”

Outro motivo é o alongamento dos financiamentos e a queda da taxa de juros. “Quem comprava um carro de R$ 40 mil, com o mesma renda compra um de R$ 60 mil”, contou. E isso causa um efeito cascata. “Quem comprava carro de R$ 30 mil, compra de R$ 40 mil. Quem comprava de R$ 20 mil, compra de R$ 30 mil. Quem comprava usado, compra de R$ 20 mil. Quem comprava moto, compra carro usado. E quem não comprava nada, agora compra moto.”

Para o diretor da Citroën, tudo indica que a expansão do mercado automotivo vai se manter, pelo menos por motivos demográficos, por muito tempo. “A pirâmide de idade está mudando”, diz Habib. “A faixa de população economicamente ativa está explodindo.”




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